São Brás fecha contas de 2012 com saldo positivo de 691 mil euros e sem dívidas

Sem dívidas e com saldo positivo de cerca de 691 mil euros, mesmo com «uma diminuição substancial da receita, de […]

Sem dívidas e com saldo positivo de cerca de 691 mil euros, mesmo com «uma diminuição substancial da receita, de perto de 3 milhões de euros».

Foi com este registo que a Câmara de São Brás de Alportel fechou as contas de 2012, um registo bem raro nos dias que correm.

O executivo camarário são-brasense reuniu-se esta semana com os jornalistas, para uma sessão de prestação de contas. Números que já foram apresentados e aprovados na última reunião da Assembleia Municipal, que teve lugar há cerca de duas semanas.

Dos dados revelados pelo executivo camarário são-brasense, salta à vista o saldo positivo e a diminuição da receita. Algo que está ligado a outro número que se destaca, o da poupança que foi conseguida «com o corte da despesa», também de cerca de 3 milhões de euros, segundo o presidente da Câmara de São Brás António Eusébio .

Uma poupança que foi conseguida, em grande medida, com reduções «em horas extras e em pessoal». Também houve cortes em gastos com água, estando agora previsto um investimento de 70 mil euros nas piscinas municipais para construção de «uma caldeira de queima de pellets (granulado de lenha comprimida)» que irá «pagar-se num ano», já que permitirá a esta infraestrutura poupar «80 por cento do gasóleo que hoje consome».

No campo dos gastos energéticos, houve poupanças substanciais no consumo, mas a fatura acabou por subir, devido ao aumento do IVA cobrado aos autarquias pela energia elétrica que consomem. «Diminuímos os gastos em 14 ou 15 por cento, mas ainda assim pagamos mais de fatura», ilustrou António Eusébio.

O Orçamento para 2013 será de 12,5 milhões, já com a ajuda dos perto de 700 mil euros que transitam do anterior exercício, algo que permitirá «planear obras plurianuais nos próximos anos», nomeadamente a conclusão da circular, as obras de renovação da Praça da República e do Parque da Vila, o alargamento da rede de saneamento básico até ao Peral e outras intervenções, como «pavimentações» e outras obras de manutenção.

Todas estas obras têm verbas previstas no Orçamento Municipal para 2013 da autarquia de São Brás.

Fazer obra não, é ainda assim, a prioridade do município, nesta altura de crise. Além de cortar na despesa, a Câmara de São Brás também retraiu o investimento «de uma verba de mais de 5 milhões para 2 ou 3 milhões», para continuar a assegurar os serviços sociais que presta à população e tecido empresarial.

«Há duas semanas diminuímos a taxa de água em 50 por cento para o comércio e serviços, algo que já era uma realidade em relação à indústria», exemplificou António Eusébio. «Duplicámos a verba para o banco municipal de alimentos, que não precisa apenas de comida, mas de outros produtos como fraldas», revelou. «Não é apenas aquilo que se lança, mas também o que se mantém», sustentaram os membros do executivo são-brasense.

Entre aquilo que se preserva está «o apoio às associações, que dão muito trabalho a manter», disse, por seu lado, o vice-presidente da autarquia Vítor Guerreiro. «Reconhecemos o papel das coletividades na comunidade. Sabemos que o apoio que damos é triplicado em termos de valor, em apoio à população», ilustrou o vereador.

Comentários

pub