“O Algarve durante o 3º milénio antes da nossa Era” motiva conferência em Loulé

Víctor S. Gonçalves apresenta a Conferência “O Algarve durante o 3º milénio antes da nossa Era”, no próximo sábado, 25 […]

Víctor S. Gonçalves apresenta a Conferência “O Algarve durante o 3º milénio antes da nossa Era”, no próximo sábado, 25 de maio, pelas 15h00, no Arquivo Municipal de Loulé.

Entre 2900 e 2000 antes da nossa Era o território que é hoje Portugal, e particularmente o Centro e o Sul, entra num complexo sistema de transformação e mudança. Esses processos registam-se nos lugares de habitação e na sua proteção por muralhas, torres e acessos. Na vida quotidiana lida através dos artefactos. No universo da Morte e dos ritos funerários, com novas arquiteturas ou adaptação das anteriores.

O Algarve é uma peça importante neste conjunto de alterações, tanto o Algarve Oriental como Ocidental. Nos seus extremos, o Cerro do Castelo de Santa Justa e Alcalar, as necrópoles do Alto Algarve Oriental e as de Alcalar e Aljezur são exemplos marcantes. O Cerro do Castelo de Corte João Marques, ainda que muito destruído, é um pequeno povoado que revelou, para esta mesma época, dados interessantes.

Víctor S. Gonçalves é atualmente um dos três catedráticos de Arqueologia que ensinam em Universidades portuguesas. Dirige, desde a sua fundação, o Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (UNIARQ), com equipas que efetuaram longas intervenções no Alto Algarve Oriental, em Castro Marim e Monte Molião (Lagos), esta última sob direção de Ana Margarida Arruda, ainda em curso. É autor da primeira tese de doutoramento sobre Arqueologia do Algarve (Megalitismo e Metalurgia no Alto Algarve Oriental), publicada em dois volumes, em 1989.

Da sua bibliografia constam mais de 200 títulos, incluindo vinte livros, totalizando milhares de páginas. Recentemente, estão pendentes monografias sobre Alapraia, Casas Novas e sobre um dos temas que mais desenvolveu em Portugal, as placas de xisto gravadas às quais dedicou vários livros e artigos em Revistas da especialidade.

Após ter escavado o sítio do Neolítico de Casas Novas, escava atualmente a quinta calcolítica do Cabeço do Pé da Erra, o Barranco do Farinheiro e o Monte dos Lacraus, junto ao Sorraia.

Após ter desenhado a Sala de Arqueologia do Museu do Conde de Castro Guimarães, em Cascais, trabalha agora na organização da Sala do Museu Municipal de Coruche, dedicado às Antigas Sociedades Camponesas, a abrir ainda em 2013, e no respetivo Catálogo.

A entrada é livre.

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