Relvas sai por falta de “condições anímicas” para continuar no Governo

Miguel Relvas disse hoje, numa declaração oficial feita na Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa, que a decisão de […]

Miguel Relvas disse hoje, numa declaração oficial feita na Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa, que a decisão de se demitir de ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares se deveu a falta de “condições anímicas” para continuar no Governo.

“Saio por vontade própria. É uma decisão tomada há varias semanas conjuntamente com o senhor primeiro-ministro. E saio, apenas e só, por entender que já não tenho condições anímicas para continuar”, disse Relvas.

“Sei que só a história julgará com a objetividade e distância temporal indispensável a história de cada um de nós enquanto agente político”, disse ainda o ministro demissionário.

Na sua declaração, Relvas não chegou a explicar qual a razão da sua saída do Governo, dizendo apenas que irá agora iniciar uma “nova etapa” na sua vida.

Na sua declaração, o ex-ministro fez ainda um longo historial das decisões que tomou enquanto membro do Governo, dizendo orgulhar-se «particularmente» do polémico processo do mapa autárquico que levou à fusão e extinção de cerca de mil freguesias no país.

Mas Relvas falou ainda da reestruturação da RTP ou do lançamento do programa Impulso Jovem. “Dez mil jovens já se candidataram a estágios de 12 meses”, disse.

Miguel Relvas apresentou esta quinta-feira o seu pedido de demissão ao Primeiro-Ministro, que a aceitou. O Gabinete de Passos Coelho tornou pública uma nota que diz que, “em face desta situação, o Primeiro-Ministro proporá oportunamente ao Presidente da República a exoneração do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares e a nomeação do seu substituto”.

A nota do Gabinete de Passos Coelho termina com um elogio, informando que o “Primeiro-Ministro enaltece a lealdade e a dedicação ao serviço público com que o Ministro Miguel Relvas desempenhou as suas funções, bem como o seu valioso contributo para o cumprimento do Programa de Governo numa fase particularmente exigente para o País e para todos os portugueses”.

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