Peixes reproduzidos em cativeiro voltam ao meio natural em ribeiras do Alentejo e Oeste

290 bogas portuguesas (Iberochondrostoma lusitanicum) foram libertadas na ribeira de Grândola, perto de Canal Caveira, por técnicos do Aquário Vasco […]

290 bogas portuguesas (Iberochondrostoma lusitanicum) foram libertadas na ribeira de Grândola, perto de Canal Caveira, por técnicos do Aquário Vasco da Gama, no dia 16 de abril, no âmbito do projeto de reprodução de peixes em cativeiro.

Poucos dias antes, tinham sido libertados 446 ruivacos do oeste (Achondrostoma occidentale) no rio Alcabrichel, perto da povoação do Ramalhal, concelho de Torres Vedras.

Os exemplares libertados pertencentes a duas espécies de peixes de água doce que só existem em Portugal, foram reproduzidos em cativeiro, em condições próximas das que existem na natureza, no âmbito da colaboração do AVG no projeto “Conservação de organismos fluviais ex-situ” que reúne também a participação da Quercus, da Unidade de Investigação em Eco-Etologia do Instituto Superior de Psicologia Aplicada e da Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa.

Estas espécies são atualmente consideradas como estando criticamente em perigo de extinção devido à combinação negativa de vários fatores: descargas de poluentes, ocorrência cada vez mais frequente de verões prolongados e secos, destruição da vegetação das margens e proliferação de espécies invasoras vegetais e animais.

A reprodução em cativeiro, a posterior libertação na época de desova em anos de maior pluviosidade e a sensibilização das autoridades e populações locais, pretendem contrariar a tendência de redução dos efetivos destas espécies.

 

 

 

 

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