Mãe Soberana de Loulé sobe o íngreme caminho até à sua ermida no domingo

A imagem de Nossa Senhora da Piedade, santa padroeira de Loulé, vai regressar à ermida com o seu nome no […]

A imagem de Nossa Senhora da Piedade, santa padroeira de Loulé, vai regressar à ermida com o seu nome no próximo domingo na Festa Grande da Mãe Soberana, a mais importante  tradição religiosa do concelho de Loulé e uma das mais impressionantes a nível nacional.

Neste evento, os oito Homens do Andor são elemento central, já que são eles que assumem a tarefa de carregar a (muito) pesada imagem por uma ladeira extremamente íngreme, a passo de corrida.

A Festa Grande da Mãe Soberana é o segundo e mais popular momento do culto de reverência a Nossa Senhora da Piedade, pelos louletanos. A tradição, que remonta «ao século XVI, constitui a principal manifestação religiosa a Sul de Fátima e, nesse sentido, é também um cartaz turístico para a cidade de Loulé e região algarvia», ilustrou a Câmara de Loulé numa nota de imprensa.

Pela Páscoa, a imagem desce da Ermida onde descansa quase todo o ano, na chamada Festa Pequena da Mãe Soberana, para ficar exposta aos fiéis na Igreja de São Francisco. Agora, 15 dias depois, volta à sua “casa”. O programa da Festa Grande começa amanhã, dia 11 de abril e continua até dia 14.

O domingo é o dia mais importante e conta com diversos momentos distintos. Às 10 horas é celebrada missa na Igreja de São Francisco, seguida, às 11 horas, da saída da imagem, em procissão, para o Largo do Monumento Eng. Duarte Pacheco, acompanhada por crianças e jovens, bem como pela Banda Sociedade Filarmónica Lacobrigense 1º de Maio.

Ao meio-dia há nova Eucaristia, junto ao monumento a Duarte Pacheco «com o tempo de louvor e saudação à Nossa Senhora da Piedade».

Às 16 horas, o Bispo do Algarve Dom Manuel Quintas preside a uma Missa Campal no mesmo local, «com a sagração à Nossa Senhora, presenciada por muitos fiéis». É daqui que sai a procissão que «percorre as principais ruas da cidade» e termina no largo de São Francisco.

Às 18 horas surge o momento mais esperado, a procissão em que a imagem da Mãe Soberana é levada de regresso à sua ermida. «Oito homens carregam o andor, vestidos de calças e opas brancas, sobem o íngreme cerro, ao ritmo acelerado da música da Banda Filarmónica Artistas de Minerva, acompanhados pela população a exibir-se em manifestações diversas mas verdadeiramente sentidas», descreve a autarquia louletana.

«A escalada do caminho que dá acesso ao altar da Nossa Senhora da Piedade é um documento espantoso da fé cristã nesta terra. Ao esforço gigantesco dos homens que transportam a Virgem, alia-se a força espiritual dos muitos fiéis que, em vivas à Nossa Senhora, em passo vivo e na cadência musicada dos homens da banda, vão “empurrando”, no calor da fé e calçada acima, o pesado andor da padroeira», acrescenta a Câmara de Loulé.

«Nesta demonstração de grande culto pela fé existem duas vertentes distintas: a religiosa, no seu mais sentido significado, e a profana, na mais ampla e liberal exteriorização popular. Este cenário imenso da religiosidade louletana, de características tão locais como únicas, só pode ser sentido na alma de cada crente, quando vivido», explica, ainda.

As festividades terminam com um espetáculo de fogo-de-artifício, junto à Ermida da Nossa Senhora da Piedade, pelas 23 horas.

O programa que começa amanhã integra ainda o Tríduo Solene – Dia dos Colaboradores, da Família e dos Jovens, na Igreja de São Francisco, com a presença do pregador Padre Pedro Filipe Duarte Manuel, pároco da Sé de Faro (11,12 e 13 de abril). Na noite de 13 de abril, pelas 22h15, o Clube Hípico de Loulé volta a prestar homenagem à Nossa Senhora da Piedade, no Largo de S. Francisco.

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