Formação Algarve vai ser melhorado e lançado a tempo de estimular emprego

O Programa Formação Algarve, que pretende estimular o emprego, vai ser avaliado, ajustado à realidade e relançado «atempadamente» em 2013 […]

O Programa Formação Algarve, que pretende estimular o emprego, vai ser avaliado, ajustado à realidade e relançado «atempadamente» em 2013 anunciou esta terça-feira o secretário de Estado do Emprego Pedro Roque. Depois de um primeiro ano em que a adesão dos empresários, nomeadamente do setor turístico, foi muito aquém do esperado, o Governo insiste com «o que se pode chamar de Formação Algarve 2».

«A ideia aqui é procurar avaliar aquilo que foi feito no que está em curso, melhorar, mas acima de tudo fazer uma apresentação atempada. Isto é, a portaria será assinada muito em breve e, também dentro de pouco tempo, haverá uma apresentação aqui no Algarve para que os empresários possam aderir a este programa», revelou Pedro Roque.

À margem da sessão de assinatura do protocolo para construção do novo polo do Instituto do Emprego e Formação Profissional de Vila Real de Santo António (VRSA), o apelidado «pai do Formação Algarve» disse aos jornalistas que a dotação orçamental para 2013 deverá rondar os 2 milhões de euros, apesar de ainda não estar definida.

Um número bastante inferior ao de 2012, em que a verba afeta ao programa ascendeu a 5 milhões de euros, mas ainda assim significativamente superior ao que foi efetivamente usado, «cerca de 500 mil euros». Dinheiro que serviu para estimular a contratação ou manutenção de trabalhadores e colocá-los em processos de formação nas alturas de menor necessidade de mão de obra.

A verba utilizada permitiu dar formação a «500 pessoas», mas o Formação Algarve acabou por não ter muito sucesso no setor para o qual foi pensado, o Turismo. Já noutras áreas, para as quais foi entretanto alargado, houve diversos empresários a aproveitar. «A empresa Frusoal, onde nos encontramos [acolheu a cerimónia de ontem] foi a primeira a aderir», revelou. A cerimónia também serviu para entregar os certificados de formação a trabalhadores desta empresa, o maior empregador privado de VRSA.

Pedro roque acrescentou que irá reunir nos próximos dias com o Turismo de Portugal, para tentar perceber o que se pode melhorar no programa. Uma das questões está identificada à partida, o facto de em 2012, primeiro ano em que a medida foi implantada, se ter anunciado os apoios «muito tarde». «Desta vez vamos fazer o anúncio atempadamente e o programa vai ser apresentado ainda antes do final do mês», revelou.

Também já foi determinado que o Programa abrangerá vários setores da atividade económica, não só o Turismo. A construção Civil e a Indústria são apenas exemplos.

O membro do Governo admitiu que o programa não teve o resultado esperado, algo que considerou que esteve ligado ao facto «de ter sido apresentado já em meados de junho, o que já é muito tarde naquilo que é a planificação das empresas».

Quanto às críticas ao programa que foram feitas na altura por representantes de empresários do setor turístico e sindicalistas, Pedro Roque reforçou «que o programa não será exatamente igual ao que foi em 2012». «A ideia é procurar acertar o programa, também em conjunto com os operadores do setor turístico. Não é só para o Turismo, mas é essencialmente para este setor, já que é a base económica da região», disse.

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