Candidato autárquico do PS denuncia «abandono e degradação» do porto de pesca de Albufeira

«Uma barra assoreada e os cais para descarga de pescado destruídos são dois exemplos que retratam o estado de abandono […]

«Uma barra assoreada e os cais para descarga de pescado destruídos são dois exemplos que retratam o estado de abandono a que as autoridades têm votado o porto de pesca de Albufeira», denuncia hoje Fernando Anastácio, candidato do PS à Câmara de Albufeira.

Por estes dias, Fernando Anastácio e a Plataforma Cívica Albufeira Consigo foram ao encontro dos pescadores e o que observaram e ouviram diretamente dos responsáveis da Associação dos Profissionais de Pesca confirma, na sua opinião, «o desastre da política de desinvestimento do governo» nos mais variados setores da atividade económica.

Ao ambiente de desolação do porto, há a acrescentar ainda a falta de um posto de combustíveis, a que se junta aquilo que Fernando Anastácio considera como «um caso inédito»: o facto de ser a entidade responsável pela gestão daquela estrutura portuária «a fazer negócio com o preço da eletricidade».

Com efeito, denuncia o candidato, «o IPTM faz a revenda da eletricidade ao dobro do preço que paga, encarecendo, dessa forma insólita, os custos operacionais dos profissionais da pesca que se vêm confrontados com a degradação dos equipamentos e estruturas, bem como a falta de condições em geral para o exercício da atividade».

«O Estado, através do IPTM, continua a assumir-se como um “dono ausente” que “só aparece para receber”, foi a queixa dominante recolhida pelo candidato socialista à Câmara de Albufeira, exigindo do governo que assuma as suas responsabilidades», denunciou ainda.

Anastácio defende em alternativa, que seja a Câmara enquanto entidade local, precisamente ao abrigo da legislação que permite nas zonas urbanas as frentes ribeirinhas possam passar para a jurisdição das Câmaras Municipais, a gerir esta infraestrutura, «criando assim condições para uma melhoria das condições de trabalho dos profissionais da pesca, evitando assim que se continuem a acentuar as dificuldades económicas destes profissionais».

Anastácio defende ainda como «fator determinante para a melhoria das condições de vida dos pescadores» do concelho, o «reforço da rede de frio enquanto elemento essencial da valorização comercial do pescado».

Operam no porto de pesca de Albufeira, perto de sete dezenas de embarcações e mais uma centena de profissionais.

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