Ex-candidatos do Bloco e do CDS estão com o socialista Anastácio em Albufeira

Alexandre Freitas, do CDS, e Manuel Aires, do Bloco de Esquerda, manifestaram esta quinta-feira o seu apoio ao candidato do […]

Alexandre Freitas, do CDS, e Manuel Aires, do Bloco de Esquerda, manifestaram esta quinta-feira o seu apoio ao candidato do PS, Fernando Anastácio, nas próximas eleições autárquicas para a Câmara de Albufeira.

Os dois nomes que foram candidatos à Câmara de Albufeira há quatro anos pelos respetivos partidos participaram na apresentação pública da Plataforma Cívica Albufeira Consigo, que afirma identificar-se com a candidatura de Anastácio.

A cerimónia contou com a presença de algumas dezenas de subscritores do movimento, que tem em vista «aprofundar a discussão cívica, social e política numa atitude de abertura a todos os sectores de opinião independentemente do quadrante político e da origem social ou profissional».

O coordenador da Plataforma, o médico Geraldes Simões, reafirmou o carácter «transversal e abrangente» do movimento, visando «congregar todas as sensibilidades e todos os contributos para a construção de uma gestão alternativa à atual maioria autárquica».

«Esta estrutura pretende recolher todos os contributos para a afirmação de um futuro melhor para Albufeira, aproximando os cidadãos da política», disse Geraldes Simões, adiantando que a Plataforma «não se vai esgotar nas próximas eleições».

Segundo afirmou, o movimento «será uma consciência crítica da futura gestão do município» e vai realizar um conjunto de encontros temáticos durante a campanha eleitoral, por forma a garantir o exercício da cidadania numa discussão «aberta e participada».

Nesse sentido, o candidato Fernando Anastácio, sem renegar a sua condição de militante socialista, voltou a frisar que a sua candidatura «não é de uma pessoa nem de um partido, mas de toda a gente».

«Não perguntaremos a ninguém que queira juntar-se a este movimento, de onde vem ou qual a sua filiação partidária», sublinhou Fernando Anastácio, que defende a aproximação dos partidos à sociedade como um dos caminhos que pode evitar a erosão da credibilidade e o desgaste e desconfiança dos cidadãos nos agentes políticos.

Neste contexto adiantou ainda que «ou os partidos encontram novas formas de relacionamento com a sociedade ou, a prazo, acabarão por tornar-se em peças de museu».

Quanto aos objetivos para uma gestão municipal, no caso de obter a maioria, Fernando Anastácio definiu o saneamento financeiro da autarquia (atualmente com um passivo de aproximadamente 70 milhões de euros), bem como o colocar a Câmara ao serviço dos cidadãos como as prioridades imediatas do seu mandato.

A definição de políticas e de programas de apoio social será outra das suas preocupações, uma vez que o concelho de Albufeira regista uma taxa de 24 por cento de desempregados com tendência para o agravamento, acompanhando a evolução da queda da atividade turístico hoteleira.

«Pôr a casa em ordem e olhar para as pessoas» é a síntese das prioridades na gestão autárquica feita por Fernando Anastácio, que aposta numa campanha direta e sem recurso a grande ostentação de meios de propaganda politica.

O candidato entende que «em tempos de crise e de forte contenção como os que vivemos, seria ofensivo para a grande maioria dos cidadãos, uma campanha de ostentação», desafiando as outras candidaturas a seguirem uma politica eleitoral de contenção de meios.

Anastácio mostrou-se ainda preocupado pelos sinais que lhe têm chegado da autarquia, onde «parece que está instalado o medo: como candidato e cidadão, não aceitarei que o PSD no poder possa querer condicionar o voto dos funcionários pelo medo ou qualquer outro tipo de coação».

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