CUVI declara órgãos de soberania «fora-da-lei» e anuncia novas ações de rua anti portagens

A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) anunciou que vai voltar aos protestos de rua em abril, uma […]

A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) anunciou que vai voltar aos protestos de rua em abril, uma decisão tomada numa reunião que teve lugar em Armação de Pera no fim-de-semana. Na sessão, os ativistas anti-portagens declararam o Governo e o Presidente da República «como governantes fora-da-lei».

Em causa, estão o que a CUVI considerou «autênticos crimes que se estão a cometer sobre o Algarve e as suas populações devido à imposição das famigeradas portagens».

«Em pouco mais de dois meses, desde o início do ano, já se verificaram nas estradas algarvias 13 mortes, onde se inclui cinco atropelamentos mortais em apenas um mês. O Algarve e as suas populações estão a viver um inferno perfeito!», acusou o grupo de cidadãos.

Além desta medida, os membros da CUIi decidiram na mesma reunião «desenvolver e apelar, a partir de agora, a uma campanha de desobediência civil de todos os utentes e demais população – que se prolongará até e durante o verão – que poderá passar por diversas iniciativas envolvendo a EN 125, a Via do Infante e outras localidades do Algarve».

A organização de uma marcha lenta de viaturas nos finais do mês de abril, na EN 125, entre as cidades de Faro e de Olhão, com potenciais ações-surpresa durante a marcha é outra das medidas anunciadas.

«Como foi tornado público pela Estradas de Portugal, foi anulada a construção da importantíssima variante à EN 125, em Olhão, o que é inaceitável. A data e os pormenores da marcha serão anunciados oportunamente», disse.

«Passados 15 meses desde a introdução das portagens por imposição do governo PSD/CDS, o Algarve mergulhou num dos períodos mais negros da sua História, pois está a viver uma terrível tragédia social e económica», defendeu a CUVI.

Lembrando os números do desemprego, indicadores que na região algarvia atingem «a cifra colossal de 70 mil pessoas desempregadas», a comissão recordou ainda «o encerramento de centenas de empresas, a economia paralisada, os suicídios a crescer, as filas de trânsito intermináveis na EN 125 e os muitos feridos e mortos que não param de aumentar nesta via».

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