Academia Algarve debate exemplo de reabilitação urbana de Évora

A «Reabilitação do Centro Histórico de Évora» será o próximo tema que a Academia Algarve do PS vai colocar em […]

A «Reabilitação do Centro Histórico de Évora» será o próximo tema que a Academia Algarve do PS vai colocar em cima da mesa, em mais uma sessão do curso «Reinventar a Gestão Municipal». Na sexta-feira, a convidada é Cláudia Sousa Pereira e a sessão tem lugar, como é habitual, no auditório da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve, às 18h30.

«Se há um Município onde é fácil reconhecer que o exercício do Poder Local Democrático promoveu o desenvolvimento na melhoria dos serviços e infraestruturas públicas, nas áreas do património arquitetónico, ambiente e cultura, entre outras, esse Município é Évora», revelou a Federação do Algarve do PS numa nota de imprensa.

Em 1975, Évora era uma cidade com uma população aproximada de 40 mil habitantes, um terço dos quais distribuídos por 29 bairros “clandestinos” disseminados pelos terrenos exteriores às muralhas.

Atarefada com os problemas do deficiente abastecimento de água e ausência de saneamento por todo o concelho, com enormes carências habitacionais e com a proliferação de loteamentos clandestinos, as primeiras preocupações da ação municipal viraram-se para essas frentes, não dando prioridade ao Centro Histórico.

A partir de 1977 a Câmara começou a desenvolver uma política urbanística para toda a cidade, isto é, voltada para a resolução dos problemas existentes, quer intramuros quer extramuros.

«Graças a essa atuação, Évora é hoje uma cidade muito atrativa. Considerada pela UNESCO, em 1986, Património Mundial da Humanidade, atrai imensos visitantes que pretendem conhecer e viver uma nova experiência cultural», disse o PS/Algarve.

«Cientes da importância patrimonial e das potencialidades económicas dos Centros Históricos, aos autarcas coloca-se a questão prática de o que fazer e como fazer a reabilitação urbanística. Como reabilitar estes conjuntos urbanos e como mobilizar os interessados na recuperação dos alojamentos que, normalmente, não têm o mínimo de condições de habitabilidade e são ocupados por inquilinos idosos e de fracos rendimentos, enquanto os proprietários recebem rendas muito baixas?», questionam os socialistas.

Questões que «não têm uma resposta fácil», mas às quais a vereadora da Câmara de Évora Cláudia Pereira vai tentar responder durante a sessão, usando o exemplo do seu município.

«Como nos demonstra a metodologia utilizada na Reabilitação do Centro Histórico da cidade de Évora, o sucesso do processo de reabilitação dos Centros Históricos depende, em grande parte, da mobilização de atores e de financiamentos externos, exige uma persistência no desígnio incompatível com políticas de curto prazo, e depende da forma como é feita a gestão urbanística de toda a cidade onde o Centro Histórico se integra», resumiu o PS algarvio.

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