Obras para recuperar duas casas ardidas em Tavira também já foram lançadas

Tavira já adjudicou duas das cinco obras de recuperação de casas destruídas pelo incêndio que assolou parte do concelho em […]

Tavira já adjudicou duas das cinco obras de recuperação de casas destruídas pelo incêndio que assolou parte do concelho em julho e deverá consignar as restantes intervenções dentro em breve. Os contratos para recuperação de duas casas nas localidades do Carvalhal e Água de Tábuas «já foram assinados» e deverão motivar um investimento «na ordem dos cem mil euros».

Em declarações ao Sul Informação, o presidente da Câmara de Tavira Jorge Botelho adiantou que os restantes processos estão já numa fase muito adiantada e que os contratos também estão à beira de ser assinados.

«Num dos casos, já foi escolhido o empreiteiro e nos outros dois estão agora a decorrer os concursos», que, lembrou o autarca, são feitos «por convite» a empresas. «Espero ter a primeira casa recuperada no verão», acrescentou.

Apesar de, numa primeira fase, terem sido identificadas sete habitações destruídas, apenas cinco serão reconstruídas ao abrigo do Contrato Local de Desenvolvimneto Social que irá fazer face aos prejuízos do incêndio de julho.

«Em dois casos não foi possível. Num, foi impossível entrar em contacto com um dos proprietários, que é estrangeiro. No outro caso, não reunia as condições necessárias para ser elegível», disse Jorge Botelho.

 

Gente à espera de ajuda na serra

O CLDS que vai dar resposta a estas e outras situações de emergência social no concelho de Tavira, decorrentes da catástrofe, é coordenado pelo Centro Social Nossa Senhora das Dores. Para recuperação de habitações estão previstos 300 mil euros.

Em Porto Carvalhoso de Baixo, um dos dois únicos moradores deste local perdido na serra de Tavira, mostrou ao Sul Informação a sua casa cujo telhado, com estrutura em madeira, ardeu e ruiu durante o incêndio de julho. «Agora moro aqui ao lado [num pequeno anexo agrícola] e estou à espera que me ajudem a reconstruir a casa», disse o senhor Cavaco.

Este idoso acrescentou que o fogo lhe levou o seu pequeno rendimento, queimando «a cortiça, os sobreiros, as alfarrobas e os medronhos». «Fiquei sem casa, fiquei sem nada», disse.

 

Obras em São Brás também estão a avançar

Entretanto, na segunda-feira, dia 4, foram consignadas no vizinho concelho de São Brás de Alportel as obras de recuperação de sete das 18 casas ardidas durante o mesmo no incêndio que assolou a Serra do Caldeirão em julho de 2012.

As intervenções lançadas em São Brás representam mais de metade do investimento em recuperação de habitações previsto no Contrato Local de Desenvolvimento Social assinado pela Segurança Social, o Centro de Cultura e Desporto do concelho e a Câmara Municipal de São Brás.

Ao todo, as sete obras custarão 235 mil euros, prevendo, em alguns casos, a recuperação quase total das casas que arderam.

 

 

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