Aluna do Colégio Internacional de Vilamoura é a vencedora nacional do “Programa Ruta Quetzal BBVA”

Ana Napoleão é a vencedora nacional do “Programa Ruta Quetzal BBVA – 2013: De la Selva del Darién a la […]

Ana Napoleão é a vencedora nacional do “Programa Ruta Quetzal BBVA – 2013: De la Selva del Darién a la Europa de Carlos V. La Gran Aventura del Descubrimiento del Mar del Sur”. A aluna do 10.º ano do Curso de Ciências e Tecnologias do Colégio Internacional de Vilamoura aceitou com “surpresa” e “muito entusiasmo” este prémio, que atribui bolsas a 225 alunos nascidos entre 1996 e 1997, oriundos de 53 países.

Entre 19 de junho e 23 de julho, próximos Ana Napoleão irá participar numa expedição ao Panamá, com passagem pela Extremadura e por Bruxelas.

Está no CIV há cinco anos e é conhecida entre professores e colegas pela sua simpatia, abertura aos desafios e cultura de excelência.

Faz parte dos Quadros de Honra e de Valor há vários anos letivos e foi uma das 12 alunas do Algarve recentemente escolhida para um estágio num dos Centros de Investigação e Desenvolvimento da Universidade do Algarve (UAlg), ao abrigo do Concurso Mitose – uma ciência a Sul, promovido pela UAlg e pela Associação Juvenil de Ciência (AJC).

Ana Napoleão nasceu em Faro, vive em Messines e tem na família o seu grande património emocional e social. Considera-se uma pessoa sem metas muito definidas e encara todos os desafios como uma experiência.

“Acho positivo habituarmo-nos a experienciar vários pontos de vista, mesmo aqueles que à partida parecemos não gostar”, diz.

Ana acredita que esta filosofia (“Faço tudo como algo de que gosto, porque estou sempre a descobrir”) lhe abre um leque de possibilidades que lhe permitem escolher com variedade. E porque é muito determinada, diz: “Posso não alcançar tudo o que quero, mas farei tudo o que estiver ao meu alcance para o conseguir!”.

“O CIV contribuiu muito para a pessoa que sou hoje, e revelou-se muito importante, tanto na parte educativa, como na transmissão de valores”, refere a aluna. “O incentivo para desenvolvermos os nossos projetos e a convivência com ideias muito diferentes mostrou-me um universo muito aberto”, reitera. O gosto pela escrita terá mesmo chegado com os trabalhos da disciplina de História, no 8.º ano, alimentando um imaginário que gosta de contar histórias com base em factos reais.

Quando, por isso, os seus familiares a desafiaram durante as férias de Natal passadas a concorrer ao “Programa Ruta Quetzal BBVA – 2013: De la Selva del Darién a la Europa de Carlos V. La Gran Aventura del Descubrimiento del Mar del Sur”, tudo se encaixou.

E nem o facto de ter tomado conhecimento do concurso quase em cima do encerramento da data de aceitação de candidaturas a demoveu. Volvidos 15 dias, tinha o seu projeto concluído.

A primeira semana foi empregue a estruturar ideias sobre a parte criativa do trabalho. Nada foi descurado. O texto foi entregue “em caixas diferenciadas”. A chave para cada uma delas foi enviada num envelope virtual, “uma espécie de código, para colocar o júri a pensar”, diz, a sorrir. Depois de se documentar sobre o período histórico em causa, escreveu o seu conto no prazo de que dispunha: uma semana.

Na narrativa, Ana decidiu assumir o papel de Vasco Muñoz de Balboa. Ponderou escrever o texto no presente, enquanto ia navegando, mas acabou por colocar a personagem numa situação mais filosófica depois de colocar a si mesma a questão da morte.

“Como é estar morto? Como será a estrutura, o universo do céu? Como pode Vasco Muñoz comunicar?” Este acaba por ser um observador das suas memórias, passando a reviver a viagem a partir de um universo celestial, obrigado que está a que todas as observações críticas sejam feitas dentro de si.

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