AHETA exige que Governo crie estratégia para o turismo concertada com privados

A Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) desafiou o Governo a concertar com a iniciativa privada «um […]

A Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) desafiou o Governo a concertar com a iniciativa privada «um conjunto de orientações estratégicas destinadas às atividades que integram a Economia do Turismo».

«Trata-se de, na transversalidade da economia do turismo, criar orientações que permitam estabelecer os Planos, os Programas e as Ações que se venham a revelar necessárias e adequadas ao desenvolvimento competitivo da actividade turística portuguesa em geral e do Algarve em particular», explicou, numa nota de imprensa, a AHETA.

A associação revelou ainda quais são alguns dos pontos que quer ver contemplados nessa estratégia.

Desde logo, que seja dada «prioridade às atividades turísticas em função do seu contributo para a balança de pagamentos e consequências a nível da transversalidade», referindo-se a «fiscalidade e custos de contexto, entre outros»

A AHETA quer ainda que o Governo reconheça «realidade da concentração e dispersão da procura e oferta de turismo, com destaque para as áreas de influência dos aeroportos» internacionais continentais, bem como que a intervenção pública contribua para melhorar as condições de produtividade e rentabilidade das empresas.

A «qualificação da oferta pública de turismo, desde o território à envolvente dos empreendimentos turísticos», «desestatização da promoção turística, através da concertação com a iniciativa privada a todos os níveis e a «despolitização, despartidarização e desregionalização das Entidades Regionais de Turismo» são outras exigências da AHETA.

Com a criação desta estratégia, a associação empresarial quer ultrapassar a «visão estatizante» do Plano Estratégico Nacional do Turismo de 2007, que considera «ultrapassado desde a sua criação», adiantando «que não se opõe ao facto do Turismo de Portugal ter um Plano Estratégico, mas recusa confundir esse Plano com a Economia do Turismo».

«Depois da crise de 2008, a atual revisão do PENT é mais o resultado de uma inércia política e administrativa do que a Reforma do Estado que o país e a economia do turismo precisam», acusou a associação.

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