AHETA «recusa frontalmente» proposta de Lei das Entidades de Turismo

A Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) contestou publicamente a Proposta de Lei das Entidades Regionais de […]

A Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) contestou publicamente a Proposta de Lei das Entidades Regionais de Turismo que o Governo se prepara para aprovar, por considerar que continua a atribuir um papel «meramente simbólico» aos empresários do setor turístico.

«A AHETA recusa frontalmente continuar a desempenhar um papel meramente simbólico na nova ERTA, sem qualquer capacidade para influenciar e/ou participar nas ações de promoção e divulgação do turismo regional, quer a nível interno quer internacionalmente, bem como participar e/ou legitimar órgãos feridos de representatividade democrática, turística e empresarial», declarou a associação numa nota de imprensa.

Os empresários algarvios querem que «o número de representantes das entidades privadas não seja inferior ao das instituições públicas». A associação apela mesmo «ao bom senso dos deputados da nação para a necessidade de acautelar princípios e direitos fundamentais não contemplados na proposta do governo».

A luta levada a cabo pelos hoteleiros do Algarve não é de hoje, lembrou a AHETA, que lembrou que se tem «insurgido ao longo dos anos contra o Regime Jurídico que Regulamenta o funcionamento das Organizações Regionais e Locais de Turismo, designadamente no que se refere à sua excessiva politização / partidarização».

«Está em causa, nomeadamente, a exigência de tornar mais eficazes e eficientes os recursos do país postos ao serviço do turismo, através do envolvimento e co-responsabilização do sector privado na sua gestão e maximização», defenderam.

«A atual proposta de lei, infelizmente, não só não acrescenta nada de novo relativamente à situação anterior, como contribui para acentuar ainda mais a componente política e partidária na gestão destes organismos», acusou a associação.

«A AHETA recorda que foi, precisamente, este modelo de gestão que contribuiu, decisivamente, para a fragilização e o descrédito destes organismos perante o sector, os mercados turísticos e a opinião pública em gera», acrescentaram.

Tendo isto em conta, os empresários do setor recusam-se a «continuar a sujeitar-se e submeter-se a modelos de gestão que já provaram ser ineficazes e desastrosos para a atividade turística».

Comentários

pub