Há verba para desassoreamento do Rio Guadiana, só não há data

Há dinheiro para avançar com a obra de navegabilidade do Rio Guadiana, fruto da aprovação de candidaturas da Eurocidade Ayamonte-Vila […]

Há dinheiro para avançar com a obra de navegabilidade do Rio Guadiana, fruto da aprovação de candidaturas da Eurocidade Ayamonte-Vila Real de Santo António (Euro AAA) a fundos comunitários, garantiu o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, também presidente da Euroregião Algarve-Alentejo-Andaluzia, no dia 9 de janeiro, durante a cerimónia de criação da Euro AAA.

Apesar dessa garantia, David Santos foi muito cauteloso quanto a datas, uma vez que, sublinhou, é preciso que as autoridades ambientais de ambos os lados da fronteira se sentem à mesma mesa, para que seja possível avançar para a obra.

Ainda assim, aquele responsável reafirmou acreditar que a obra pode avançar e ficar concluída durante o ano de 2013, pelo menos no troço entre a Foz do Guadiana e Alcoutim. «Até ao Pomarão será mais difícil», admitiu.

Em causa está uma intervenção «que não é muito pesada» e que por isso também não é muito onerosa. David Santos preferiu não avançar valores, uma vez que ainda está por definir qual a base de incidência da intervenção, mas garantiu que o que está em causa «é o desassoreamento de pontos específicos do rio e o balizamento», ou seja, a marcação de uma via navegável através de boias.

Logo no próprio dia da cerimónia, Luís Gomes, presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, considerou o anúncio de que há condições financeiras para avançar para o desassoreamento de boa parte do Baixo Guadiana e que pretende levar a cabo a obra ainda este ano como a «grande notícia do dia».

«É inaceitável que um rio com o potencial do Guadiana se encontre há décadas asfixiado. Não acredito que haja muitos países que, tendo um rio como este, o possam abandonar e aos seus recursos», disse então Luís Gomes.

Hoje, em comunicado, a Câmara de VRSA congratulou-se com «a decisão da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR), que se comprometeu a avançar, ainda em 2013, com o projeto de navegabilidade do rio Guadiana».

O autarca Luís Gomes salienta que este anúncio «dá resposta a uma pretensão antiga da autarquia e satisfaz uma das principais reivindicações dos empresários do Baixo Guadiana».

«Poucos países têm em comum um rio com as características do Guadiana e, como tal, não podemos abandonar este recurso. Este anúncio da CCDR é, pois, um dos grandes compromissos de 2013 para o desenvolvimento do Algarve e uma marca do entendimento entre duas regiões transfronteiriças», nota o autarca vila-realense.

A obra será financiada através do Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal e dará prioridade aos pontos do rio onde atualmente existem maiores dificuldades de navegação.

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