A percentagem de mulheres nos conselhos de administração das empresas que estão cotadas na bolsa aumentou. De acordo com dados da Comissão Europeia, essa percentagem passou de 13,7%, em janeiro de 2012, para um valor atual de 15,8%. Uma variação que se verificou em todos os países da União Europeia, à exceção da Bulgária, Polónia e Irlanda.
Este aumento acompanha a proposta sobre a presença das mulheres nos conselhos de administração das empresas, que a Comissão Europeia adotou em 14 de novembro de 2012 com o objetivo de atingir um valor de 40 % de mulheres naqueles conselhos com base no mérito.
“Por fim, as empresas começaram a compreender que se querem manter-se competitivas numa sociedade cada vez mais envelhecida não podem ignorar o talento das mulheres: 60% dos licenciados são mulheres,» declarou a Vice-Presidente Viviane Reding, Comissária da Justiça da UE.
O maior aumento em termos de pontos percentuais registou-se em Itália. A França tornou-se o primeiro país da UE a ter mais de uma mulher no topo das principais sociedades cotadas.
A Bulgária é o único país que regista uma diminuição notável (menos 4 pontos percentuais), enquanto a percentagem de mulheres nos conselhos de administração da Polónia e da Irlanda mantém-se inalterada (respetivamente, 12% e 9%).
A nova legislação europeia, que não se aplica às pequenas e médias empresas, mas apenas às que estão cotadas em bolsa, prevê que, se uma empresa europeia não possuir 40% de mulheres no seu órgão de supervisão, deverá introduzir um novo processo de selcção dos membros de administração. Essa seleção deverá dar prioridade às candidaturas de mulheres qualificadas.
De acordo com a legislação, os Estados-Membros da UE terão de estabelecer sanções adequadas e dissuasivas para as empresas que infrinjam a diretiva.
Para entrar em vigor, a proposta de diretiva da Comissão deve agora ser adotada pelo Parlamento Europeu e pelos Estados-Membros da UE reunidos no Conselho.
Números
As mulheres não estão ainda representadas nos lugares cimeiros de um quarto das maiores empresas da UE.
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