Câmara de Monchique dá tolerância de ponto no Carnaval invocando «válvula de escape social»

O presidente da Câmara de Monchique, o social-democrata Rui André, resolveu conceder tolerância de ponto no próximo dia 12 de […]

O presidente da Câmara de Monchique, o social-democrata Rui André, resolveu conceder tolerância de ponto no próximo dia 12 de fevereiro, Terça-Feira de Carnaval, considerando que esta festividade é «uma válvula de escape social e coletivo, tão mais importante em momento de crise».

Assim, segundo o despacho assinado pelo autarca monchiquense, «a terça-feira de Carnaval tem sido usualmente vivenciada como feriado facultativo ao longo de décadas».

A Câmara continua lembrando que «esta particularidade tem permitido o uso deste dia para atividades das populações celebrativas da quadra, estando proficuamente enraizada no consciente coletivo e popular, permitindo uma válvula de escape social e coletivo, tão mais importante em momento de crise».

«Esta prática tem levado a que muitas empresas, quer do setor público, quer do privado, tenham contemplado este dia nos respetivos contratos de trabalho como dia de descanso a observar em face das comemorações que popularmente são levadas a efeito», acrescenta o despacho municipal.

«Num momento de particulares dificuldades da população em geral e em face do esforço pedido aos funcionários autárquicos, que têm sido amplamente atingidos, a frustração do empenho voluntário numa causa onde os valores do convívio e da solidariedade se impõem, teria consequências nefastas em termos de psicologia social».

A Câmara de Monchique acrescenta ainda que «é conhecido o encerramento de diversos organismos com os quais o trabalho autárquico se relaciona no quotidiano como são os casos muitos dos fornecedores, bem como outras empresas, que em face da contratação coletiva, como referido, ou por vontade dos próprios empregadores, estarão encerrados, pelo que, sobretudo num Concelho maioritariamente de serviços, é previsível o reduzido número de utentes que neste dia pretenderão aceder aos serviços públicos».

Por outro lado, conclui o despacho do presidente Rui André, «também as escolas se encontram em período de interrupção letiva, portanto, sem considerável impacto de ausência dos trabalhadores do município afetos».

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