A deteção de uma partícula no LHC do CERN que, com elevado nível de certeza, apresenta as propriedades previstas pelo físico Higgs para um bosão há cerca de meio século é, na generalidade das opiniões, o acontecimento científico de 2012.
Mas não fica atrás o feito tecnológico que foi até agora o sucesso da missão do robô Curiosity em Marte, desde Agosto deste ano.
Destes dois feitos se esperam muitos desenvolvimentos em 2013, que podem melhorar os modelos científicos que temos disponíveis para compreender o Universo de que fazemos parte.
E parte de nós, aliás determinando a partitura do que podemos ser, é o ADN, molécula do genoma que também foi melhor compreendido este ano no âmbito do projeto ENCODE (enciclopédia dos elementos do ADN): confirmou-se que pelo menos 20% da sua estrutura sequencial de zonas repetitivas, minimais, outrora consideradas lixo genético, desempenha papel importante na estabilidade e regulação da expressão dos cerca de 20 mil genes que caracterizam a nossa espécie.
Mesmo ao cair do pano, a 15 de Dezembro, foi apresentado o estudo efetuado entre 1990 e 2005 e promovido pela revista “The Lancet” (GBD 2010) sobre as doenças globais e emergentes que afetam hoje a humanidade.
Este estudo permite uma primeira compreensão epidemiológica sobre as doenças, os seus danos e sobre o risco a elas associado nesta sociedade tecnológica, base racional e científica para melhores e mais ajustadas políticas de saúde pública.
Autor: António Piedade
Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva
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