Lagos prestou homenagem ao Infante D. Henrique nos 552 anos sobre a sua morte

O Município de Lagos prestou esta terça-feira homenagem à memória do Infante D. Henrique, numa cerimónia que celebrou os 552 […]

O Município de Lagos prestou esta terça-feira homenagem à memória do Infante D. Henrique, numa cerimónia que celebrou os 552 anos sobre a sua morte e que decorreu hoje, dia 13 de novembro, na Praça do Infante D. Henrique.

Esta cerimónia, organizada todos os anos pela Câmara Municipal de Lagos, contou com a participação de uma Secção de Fuzileiros e da Fanfarra da Marinha Portuguesa, que se associou uma vez mais à celebração desta efeméride.

Foram, aliás, vários os convidados que estiveram presentes neste tributo que decorreu junto à estátua do Navegador, nomeadamente, o executivo municipal, deputados municipais, presidentes das juntas de freguesias, o Capitão do Porto de Lagos e demais autoridades militares e civis.

Depois de prestada a homenagem à memória do Infante e aos 552 sobre a sua morte, com a deposição de uma coroa de flores e a execução dos respetivos toques, foi a vez do Capitão de Mar e Guerra e Comandante da Zona Marítima do Sul, Marques Ferreira, e do Vice-Presidente da Câmara António Marreiros (em representação do presidente), proferirem breves alocuções.

O Comandante Marques Ferreira reafirmou publicamente que foi, pela quarta vez, uma honra poder fazer parte desta homenagem e associar-se a esta celebração. Para este responsável máximo da Zona Marítima do Sul, “é com agrado que a Marinha Portuguesa participa nesta cerimónia que presta uma justa homenagem ao Infante Dom Henrique, um cidadão de espírito empreendedor que terá desencadeado, a partir desta baía de Lagos, a conquista de outros mundos. O Infante foi responsável por tantos e tantos conhecimentos científicos que nos trouxeram a possibilidade de Portugal dar a conhecer ao mundo novos mundos, nós que somos um país pequeno, mas grande em alma”.

A terminar, Marques Ferreira afirmou acreditar “que passados estes 552 anos sobre a sua morte, a melhor homenagem que podemos prestar ao Infante é seguir o seu exemplo de empreendedorismo”.

Para o vice-presidente da Câmara Municipal de Lagos, esta é uma forma simples, mas simbólica de “prestar uma homenagem a uma das figuras mais altas da História de Portugal”.

António Marreiros aproveitou a ocasião para recordar que “Henrique, Infante de Portugal, destacou-se sobretudo como um «empreendedor e chefe» em tempos em que Portugal necessitava de definição do seu futuro coletivo. Foi um homem que soube reunir homens e meios, traçar metas e objetivos e enfrentar desafios e obstáculos, conseguindo resultados inovadores e multiplicadores. Uma verdadeira lição de empreendedorismo para os tempos de grave crise que correm”.

O autarca terminou lembrando outras comemorações henriquinas em Lagos, e reforçando que “assinalar esta importante efeméride nacional é, para Lagos, uma honra, nunca sendo demais evocar os altos exemplos que nos vêm da História da Pátria”.

A cerimónia terminou com uma visita e homenagem no local da antiga Igreja de Santa Maria (Rua do Adro), onde o Infante esteve sepultado após o seu falecimento, até ser trasladado para o Mosteiro da Batalha.

Nascido no Porto em 1394, o Infante faleceu a 13 de novembro de 1460, em Sagres. A partir desta terra, em Lagos e no restante território atualmente correspondente à área geográfica de influência da “Terras do Infante – Associação de Municípios” (Lagos, Aljezur e Vila do Bispo), empreendeu a gigantesca operação de descoberta do mundo além mar, etapa inicial e impulsionadora do processo de globalização que hoje se vive à escala planetária.

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