A Câmara de Lagoa está a fazer «com a maior celeridade possível» a avaliação dos danos sofridos pela população devido ao tornado que, na sexta-feira passada, causou graves prejuízos numa zona extensa do concelho e ainda em Silves.
A Câmara volta assim a apelar, em comunicado assinado pelo presidente José Inácio, a que as pessoas se dirijam «ao posto da Guarda Nacional Republicana a fim de ser efetuado o Auto descritivo dos bens afetados».
«Após o levantamento exaustivo dos prejuízos sofridos e em articulação com o Governo, iremos desencadear eventuais medidas de apoio adequadas a cada caso em particular», acrescenta o autarca lagoense.
José Inácio recorda que, no concelho de Lagoa, foi atingida a «zona urbana constituída pelos Jardins de Lagoa, Urbanização LagoaSol, a zona rural da Torrinha e a zona semiurbana da Canada, Bemparece, bem ainda a zona de moradias de alguns empreendimentos turísticos e particulares residentes ainda na zona do Carvoeiro Clube».
A Câmara de Lagoa salienta também que «procurou, na sua intervenção de emergência ao nível da proteção civil, garantir o apoio psicossocial, bem como efetuar a limpeza dos destroços numa ação conjunta das diversas entidades envolvidas no sentido de garantir e acautelar a segurança de pessoas e bens».
E acrescenta que «em caso de necessidade de reforço do apoio psicológico, bem como ao nível do apoio social, deverá ser contactada a Unidade de Ação Social e Saúde deste Município pessoalmente ou via Linha Verde 800 272 475, a fim de ser efetuada uma avaliação diagnóstica com base no auto da GNR e da situação socioeconómica de cada agregado familiar».
José Inácio agradece ainda, em comunicado, «publicamente toda a disponibilidade e apoio prestado pelos Serviços Municipais, Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lagoa, Instituições Particulares de Solidariedade Social, Empresas e cidadãos em geral que colaboraram ativamente para restabelecer a normalidade e segurança da população».
Entretanto, o balanço mais atualizado dos estragos indica que 80 casas e 20 veículos foram afetados pelo tornado em todo o concelho de Lagoa.
Das três famílias desalojadas, duas foram instaladas provisoriamente na Santa Casa da Misericórdia de Estômbar e a terceira numa casa da autarquia, em Lagoa.
Esta segunda-feira, as zonas afetadas, sobretudo nos bairros Lagoa Sol e Jardins de Lagoa, estão a ser percorridas por equipas de peritos das seguradoras, de modo a fazer uma contabilidade dos estragos.
Nas ruas destas urbanizações situadas na zona nova da cidade de Lagoa podem ver-se automóveis cujos vidros foram substituídos por plásticos colados com fita cola. É que os veículos que aí estavam estacionados foram outras das vítimas dos destroços e do vento do tornado.
Enquanto as reparações mais volumosas não avançam, nomeadamente coberturas de casas e prédios cujas telhas foram arrancadas pelo vento, nas janelas e marquises destruídas, há já trabalhos em curso. Ontem, os moradores tentaram reparar os telhados e tapar de forma provisória janelas, varandas e marquises, mas hoje há já empresas e trabalhadores especializados a ser chamados para o terreno.
Sobretudo porque, depois das tréguas de sábado, domingo e segunda, a Meteorologia prevê que a chuva deve regressar ao Algarve amanhã, terça-feira, e há que garantir as condições mínimas nos edifícios atingidos.
Comentários