Câmara de Silves sem telhado, 80 apartamentos esventrados em Lagoa

O edifício da Câmara sem telhado, a cobertura das piscinas municipais muito danificada, o estádio municipal com graves danos, a […]

O edifício da Câmara sem telhado, a cobertura das piscinas municipais muito danificada, o estádio municipal com graves danos, a igreja também. Este é o cenário em Silves depois da passagem do tornado que ontem, sexta-feira causou graves prejuízos numa zona entre Carvoeiro, Lagoa e Silves.

Em Lagoa, os fortes ventos destruíram por completo as fachadas de 70 a 80 apartamentos, havendo mesmo habitações cujo mobiliário foi destruído pelo temporal.

No total, houve 13 feridos, dos quais oito no concelho de Silves e cinco no de Lagoa. Isabel Cabrita, moradora da Urbanização Lagoa Sol, em Lagoa, onde se verificaram os danos mais graves em apartamentos, salientou em declarações ao Sul Informação que, tendo em conta a «violência do temporal, é um milagre que não tenha havido mais feridos ou mesmo vítimas mortais».

O presidente da Câmara de Silves, em conferência de imprensa que teve lugar na noite desta sexta-feira no quartel dos bombeiros locais, sublinhou a sua preocupação com o edifício dos Paços do Concelho, cuja cobertura foi destruída pelo tornado e que, por isso, está «praticamente a céu aberto».

Em Silves, há ainda o registo de mais de uma centena de viaturas destruídas ou seriamente danificadas, nomeadamente autocaravanas que estavam paradas no estacionamento junto às piscinas municipais, também elas muito danificadas.

O vizinho Estádio Municipal Dr. Vieira foi igualmente muito atingido, já que um dos muros desabou sobre a estrada, enquanto as bancadas ficaram destruídas e as vedações foram arrancadas.

Apesar de não haver ainda um levantamento rigoroso e final dos estragos – esse trabalho continua a ser feito durante o dia de hoje pelos técnico da autarquia – o presidente da Câmara Rogério Pinto sublinhou, na conferência de imprensa, que os prejuízos a atingir «milhões de euros». O autarca, que ainda na semana passada assumiu a presidência da Câmara, apelou ao Governo para que apoie financeiramente o município na recuperação dos estragos.

Rogério Pinto apelou também para que as pessoas saiam à rua e ajudem a limpar a cidade e a recuperar o que for possível, um apelo que começou a ter efeito logo ontem à tarde, com muita gente na rua a desobstruir ruas e a remover detritos.

Sandra Moreira, do gabinete de Relações Públicas da Câmara de Silves, e que ontem viveu momentos de grande susto quando o vento arrancou a cobertura do edifício, revelou que não há agora condições para trabalhar nessas instalações, já que a cobertura foi arrancada e «chove como na rua».

Ainda durante o dia de ontem, funcionários da autarquia foram ao interior dos Paços de Concelho para tentar proteger com plásticos e oleados os equipamentos, nomeadamente computadores.

Enquanto em Silves foram sobretudo as estruturas públicas que sofreram estragos mais graves, em Lagoa a maioria dos prejuízos aconteceram em casas e apartamentos. Um total de 70 a 80 apartamentos ficaram com as fachadas danificadas, vidros arrancados e mesmo móveis e eletrodomésticos destruídos.

Rui Correia, vice-presidente da Câmara de Lagoa, revelou que três famílias, num total de doze pessoas, tiveram que ser realojadas, alguns ficaram em casa de familiares, mas a maioria das pessoas afetadas optaram por ficar nas suas casas. Funcionários da autarquia colocaram plásticos e oleados para tapar as janelas e as fachadas dos apartamentos destruídos.

Este sábado, a Meteorologia mantém o aviso amarelo de mau tempo nos distritos de Faro, Beja e Évora.

 

Foto de: António Baeta

 

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