Tomás Vasques e António Rosa Mendes são oradores das comemorações da República em Tavira

Uma cerimónia com intervenções de Tomás Vasques e António Rosa Mendes é o ponto alto das comemorações da Implantação da […]

Uma cerimónia com intervenções de Tomás Vasques e António Rosa Mendes é o ponto alto das comemorações da Implantação da República, em Tavira, que decorrem esta sexta-feira, dia 5 de Outubro.

As comemorações começam com o hastear das bandeiras nos Paços do Concelho, pelas 10h00, seguindo-se arruada pela cidade e sessão solene, pelas 11h00, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos.

A cerimónia conta com a intervenção de Tomás Vasques, subordinada ao tema “A República – Ontem e Hoje”, e de António Rosa Mendes, que evocará “A Implantação da República no Algarve”.

Tomás Vasques nasceu, em Castro Marim, em 1951. Advogado de profissão, foi chefe de gabinete e vereador da Câmara Municipal de Lisboa e deputado à Assembleia da República. Escritor, comentador na TVI 24 e na ETV, escreve, regularmente, em jornais e revistas.

António Rosa Mendes nasceu, em Vila Nova de Cacela, em 1954. É licenciado em direito e doutorado em história, professor universitário, coordena o Mestrado em História do Algarve, o Centro de Estudos de Património e História do Algarve (CEPHA) e é diretor da Biblioteca Central da Universidade do Algarve. Em 2005, presidiu à Faro, Capital Nacional da Cultura.

Com a realização desta sessão comemorativa, o Município «presta homenagem pública aos cidadãos tavirenses que foram precursores da República no Algarve e em Portugal, bem como ao ideário republicano, e assinala a oferta à cidade de um busto da República, pela família Lapa, na sequência do programa municipal que assinalou o Centenário da República, ao longo do ano de 2010».

 

Busto da República

A materialização figurativa da República, em corpo inteiro ou em busto, surge em Portugal no contexto da implantação da República.

Alguns bustos que conhecemos terão sido elaborados ainda no regime monárquico, sendo que a sua generalização se verifica, naturalmente após a implantação da República, através do concurso elaborado pela Câmara Municipal de Lisboa em 1911, com o objetivo de escolher um modelo da República para estar presente no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

A ata camarária que publicitou os resultados do concurso refere que deveriam ser ofertadas réplicas da obra vencedora aos outros municípios do país.

Veio a verificar-se ter sido, não o modelo vencedor da autoria do escultor Francisco dos Santos, mas o vencedor do segundo lugar, da autoria de Simões de Almeida (sobrinho) a ser reproduzido massivamente.

No espólio da Câmara Municipal de Tavira existem dois bustos da República, expostos no edifício dos paços do concelho. Apresentam-se em gesso não pintado, correspondendo um deles (assinado e datado) precisamente ao modelo do 2º prémio.

O busto da República em análise (1,30m altura x 0,90m largura; profundidade de 0,45 m) é uma peça em gesso, pintada de forma naturalista – barrete frígio encarnado envolvido por coroa de louros escura, encimada por uma original estrela dourada escura; carnação em tom caramelo; indumentária escura.

O plinto apresenta na frente as palavras “Ordem e Trabalho”, não tendo marcado nas traseiras, qualquer elemento identificador como a assinatura do autor e/ou a data, como acontece noutros exemplares.

Formalmente e comparando com outras imagens similares, é uma peça com grande qualidade plástica.

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