O PSD/Algarve apelou esta terça-feira ao Ministro da Saúde Paulo Macedo «que tome uma posição concreta» sobre a retirada do Helicóptero do INEM do Algarve, garantindo a permanência deste equipamento na região. Os social-democratas algarvios recusam «liminarmente» o avanço da decisão do Instituto Nacional de Emergência Médica de deslocalizar o helicóptero que mantinha no Algarve para o Alentejo e exige que o membro do Governo clarifique a matéria e coloque «um ponto final» neste assunto.
«Este é um processo que se tem arrastado tempo de mais e que corre o risco de se tornar num episódio negro para a região mais turística de Portugal», consideraram. «O INEM, nomeadamente através do seu Presidente Miguel Soares de Oliveira, tem desencadeado um processo de liquidação desta estrutura no Algarve, com decisões que não são compreensíveis e que são rejeitadas pela larga maioria dos Algarvios e das suas estruturas representativas», acusou o PSD/Algarve, num comunicado enviado ás redações.
«Na lógica de ganhos de eficiência e de redução de custos, todos entendemos que são necessárias medidas de contenção de despesa. O que não entendemos, porque foge a qualquer lógica, é a deslocalização do Helicóptero do INEM do Algarve para o Alentejo quando a prevalência de ocorrências no Algarve é de 87 por cento e no Alentejo de 11 por cento. O facto de se localizar o Helicóptero no Alentejo não vai fazer mudar este rácio o que fará com que o aparelho tenha que se deslocar a esta região para seguir depois para os Hospitais Centrais do Centro e do Norte do País aumentando assim os custos associados com o transporte de doentes», defendeu.
«Acresce a esta questão o facto do Helicóptero Kamov (que aparentemente vai substituir o outro aparelho) não ser o mais indicado para operações de socorro rápidas e ágeis, fatores imprescindíveis para uma boa execução das intervenções», acrescentam os social-democratas.
Considerando que o processo é «de difícil compreensão», o PSD/Algarve voltou a lançar a questão: «Se o estado possui capacidade área (existem helicópteros mais ágeis e versáteis – PUMA – parados) porque continua refém de alugueres astronómicos para responder às suas necessidades?»
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