PS: Algarvios são vítimas de dupla penalização com portagens e EN125 por requalificar

O PS/Algarve considera que «a região do Algarve é duplamente penalizada, somando-se agora ao pagamento de portagens na Via do […]

O PS/Algarve considera que «a região do Algarve é duplamente penalizada, somando-se agora ao pagamento de portagens na Via do Infante a eliminação das empreitadas de construção das variantes previstas em Odiáxere (Lagos), Olhão e Luz de Tavira, para além da construção da alternativa à Estrada Nacional n.º 2, entre Faro e São Brás de Alportel». 

Os socialistas algarvios lembram, em comunicado, que «o Governo anunciou, em véspera de feriado e através das Estradas de Portugal, que acordou com a empresa Rotas do Algarve Litoral, entidade que atualmente gere a estrada nacional 125, a revisão das cláusulas de despesa e investimento previstas no âmbito daquela subconcessão».

«Dando ênfase às alegadas poupanças financeiras decorrentes desta renegociação irresponsável, o Governo faz tábua rasa dos compromissos assumidos com os algarvios sobre a Requalificação total da Estrada Nacional 125, apresentada pelo anterior Primeiro-Ministro em 16 de março de 2008 como a primeira intervenção estratégica de requalificação integral de uma Estrada Nacional», acrescenta o PS/Algarve.

Os socialistas acrescentam que as variantes e a alternativa à EN2 foram incluídas «no anterior contrato por imperiosas razões de segurança rodoviária, fluidez da circulação e de acalmia de tráfego nas populações atravessadas».

Sublinham também que são «localidades onde o tráfego automóvel e o tempo de travessia aumentaram exponencialmente nos últimos meses, devido à imposição das portagens na Via do Infante, contribuindo para a diminuição da produtividade das empresas e para o aumento significativo da sinistralidade rodoviária».

«Pior, ficam por explicar as razões que fundamentam a anulação de quatro intervenções estratégicas em concelhos dirigidos por autarcas socialistas, depois de anos de colaboração exemplar entre os Municípios, as Estradas de Portugal e a Rotas do Algarve Litoral para encontrar as melhores soluções e dos elevados investimentos públicos na elaboração dos estudos e projectos necessários para a sua implementação», frisa o PS/Algarve no seu comunicado..

Os socialistas dizem que «continuam a pairar no ar um conjunto de dúvidas e incertezas sobre as restantes intervenções de carácter pontual previstas ao longo do traçado da Estrada Nacional 125, nomeadamente na travessia de zonas densamente povoadas, que visavam a eliminação de pontos negros e a melhoria das condições de segurança, quer dos automobilistas, quer das populações».

Por outro lado, são apontadas «enormes poupanças financeiras no regresso à esfera de intervenção das Estradas de Portugal de um conjunto de estradas que havia integrado a subconcessão para efeitos de conservação e manutenção, num total de cerca de 93 quilómetros. Conhecendo-se o estado atual das vias sob a sua tutela e as limitações dos organismos públicos para a realização de pequenas intervenções urgentes, permite-nos questionar se é aceitável fazer poupanças financeiras a qualquer custo?!»

O PS/Algarve acrescenta que, «tal como foi sublinhado por uma personalidade da política regional em 8 de dezembro de 2011, que “os interesses vitais da região não foram tidos em consideração” por este Governo, reforçando-se ainda mais a necessidade de “olhar de forma redobrada para a evolução dos índices de sinistralidade, de fluidez de tráfego, do impacto na atividade económica e do grau de execução das obras de requalificação da Estrada Nacional 125”, agora redefinidas numa versão minimalista após aquele “dia triste” para os algarvios».

Mesmo assim, «ainda há quem considere esta “uma ótima notícia para o Algarve” e que, depois da introdução das portagens na Via do Infante, fica registado mais um contributo deste Governo para reduzir a sinistralidade na Estrada Nacional 125 e para aumentar a qualidade de vida dos algarvios», terminam os socialistas, aludindo à posição pública de Luís Gomes, presidente do PSD/Algarve.

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