PCP acusa Fernando Ulrich de apoiar «medidas que lesam a educação»

A Célula do PCP da Universidade do Algarve (UAlg) veio a público manifestar «o seu maior repúdio» às declarações do […]

A Célula do PCP da Universidade do Algarve (UAlg) veio a público manifestar «o seu maior repúdio» às declarações do presidente do Banco BPI e presidente do Conselho Geral da instituição algarvia de apoio aos cortes previstos para o setor da educação, que está previsto que ultrapassem 1,3 mil milhões de euros, acusando-o de apoiar «medidas que lesam a educação».

Segundo o PCP, Fernando Ulrich terá afirmado ainda antes da apresentação de proposta de Orçamento de Estado para 2012 que «os cortes na Educação “têm de ser cegos”, por ser “a única maneira de o fazer” e “a forma mais justa de baixar os encargos públicos”». Falam ainda em «política de terra queimada do Governo PSD/CDS contra o sistema democrático, os serviços públicos e a escola pública, em particular».

«Tais declarações foram proferidas poucos dias antes de o Governo entregar, na Assembleia da República, a sua iníqua proposta de Orçamento de Estado para 2013 e no momento em que a Universidade do Algarve antevê ainda mais cortes nas transferências de Estado (na ordem dos 5%-6%), ameaçando paralisar as suas estruturas e potencialidades no ensino e investigação», acusou, num comunicado, a Célula do PCP da UAlg.

«Só na aparência este raciocínio revela contra-senso. A verdade é que não é no quadro do contrato social democrático, estabelecido pela Constituição da República, que funciona o pensamento deste banqueiro, com responsabilidades na maior instituição de ensino público da região algarvia. O seu alinhamento ideológico neoliberal, assumido sem nenhum eufemismo, é o da destruição do Estado e do valor do bem coletivo dos serviços públicos; é o do lucro fácil e garantido dos acionistas, mesmo que isso seja à custa do desenvolvimento e de insustentáveis crises económicas e sociais», acrescentou.

Os universitários comunistas dizem não aceitar «que se asfixie a Educação, para continuar a garantir os privilégios de banqueiros que têm enormíssimas responsabilidades na crise devastadora por que está a passar o nosso país e a Europa».

Comentários

pub