Os responsáveis pelos Centros Sociais Paroquiais do Algarve vão reunir-se no próximo dia 30 de outubro, no Centro Social e Cultural de Santa Bárbara de Nexe, entre as 10h30 e as 16h30.
O encontro, promovido pela Pastoral Social Diocesana, permitirá que os presidentes e técnicos destas instituições partilhem as dificuldades vividas pelas instituições que representam, sobretudo aquelas que resultam da atual crise económica e social.
Ao mesmo tempo, este espaço de debate promoverá a troca de experiências, com o objetivo de impulsionar uma revitalização do trabalho e objetivos destas instituições, nomeadamente o serviço em prol do outro, como preconiza a Doutrina Social da Igreja, inspirada no mandato de Cristo: “vai e faz o mesmo” (Lc 10, 37), ou seja, servir ao estilo do bom samaritano, com “um coração que vê onde há necessidade de amor e atua em consequência” (Bento XVI, Deus caritas est 31).
Em tempo de crise importa, para D. Manuel Neto Quintas, Bispo do Algarve, aproveitar “a oportunidade de um discernimento na conjugação de respostas iluminadas pela mensagem social da Igreja”, não esquecendo que “estas instituições da Igreja podem constituir um meio privilegiado de anúncio do Evangelho, um verdadeiro «átrio dos gentios», quer pelos amplos contatos que proporciona, quer pelo modo como a sociedade em geral por elas manifesta o seu reconhecimento e o seu apreço”.
D. Manuel Neto Quintas, no convite dirigido a estes responsáveis, salientava o desafio do Papa Bento XVI, feito na sua última visita a Portugal, quando afirmou: “No meio de tantas instituições sociais que servem o bem comum, próximas de populações carenciadas, contam-se as da Igreja Católica. Importa que seja clara a sua orientação de modo a assumirem uma identidade bem patente: na inspiração dos seus objetivos, na escolha dos seus recursos humanos, nos métodos de atuação, na qualidade dos seus serviços, na gestão séria e eficaz dos meios. A firmeza da identidade das instituições é um serviço real, com grandes vantagens para os que dele beneficiam. Passo fundamental, além da identidade e unido a ela, é conceder à atividade caritativa cristã autonomia e independência da política e das ideologias, ainda que em cooperação com organismos do Estado para atingir fins comuns”.
O programa previsto para este encontro prevê a análise das dificuldades de cada instituição, bem como o estabelecimento de pontos de convergência na procura de respostas comuns para as ultrapassar. Serão, ainda, apresentadas as propostas de ações a promover durante o Ano da Fé, que terá início durante este mês de outubro.
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