Líderes europeus devem encarar Nobel da Paz como «sinal de alarme» para desintegração da UE

Os líderes europeus não devem encarar o Prémio Nobel da Paz «numa atitude congratulatória, mas como um sinal de alarme, […]

Os líderes europeus não devem encarar o Prémio Nobel da Paz «numa atitude congratulatória, mas como um sinal de alarme, de outros fora da União Europeia, nomeadamente da Noruega, sobre os riscos de desintegração da UE».

As palavras são da eurodeputada Ana Gomes, que falava em Faro, à margem de uma conferência sobre «A Estratégia 2020 e a sua implementação a nível regional», promovida pelo Centro Europeu Direct do Algarve, Gabinete do Parlamento Europeu e Representação da Comissão Europeia em Portugal.

A deputada europeia socialista fez votos para que os líderes europeus «atuem, antes de mais, para dar respostas rápidas aos cidadãos europeus, que estão a perder a esperança na democracia e no próprio projeto europeu, por causa da crise e da falta de capacidade de os líderes darem resposta à crise, com as receitas contraproducentes que têm imposto».

Ana Gomes falou ainda dos perigos para a União Europeia que podem advir «da desintegração de Espanha, que pode resultar do referendo na Catalunha».

«É preciso que se perceba que a Europa é um projeto não apenas de prosperidade, mas de paz», e que «a prosperidade é instrumental para a paz».

O Nobel da Paz hoje atribuído à União Europeia demonstra, segundo a deputada europeia, que «não somos só nós cidadãos europeus a ter consciência de que o projeto europeu pode estar em risco, pela incapacidade de as autoridades darem resposta à crise. São também as pessoas que vêm de fora, como os noruegueses, americanos e outros povos, a perceber que o mundo ficará muito mais perigoso se o projeto de paz que é a construção europeia se esboroar».

O prémio Nobel da Paz 2012 foi atribuído à UE pelo seu contributo para a paz e a reconciliação, a democracia e os direitos humanos, anunciou hoje o Comité Nobel, em Oslo.

 

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