Lagos acusou Governo de ser insensível quanto à segurança rodoviária no Barlavento

A Câmara de Lagos aprovou uma moção contra a decisão do Governo em adiar a construção da variante de Odiáxere […]

A Câmara de Lagos aprovou uma moção contra a decisão do Governo em adiar a construção da variante de Odiáxere à EN125, considerando que demonstra «a falta de sensibilidade do Governo para os problemas de acessibilidade e de segurança que decorrem desta medida, contribuindo para a diminuição da qualidade de vida dos residentes e para o aumento das disparidades no desenvolvimento económico e turístico desta região do Barlavento algarvio».

«Esta decisão foi tomada na sequência da introdução de portagens na Via do Infante (A22) sem a conclusão das obras de requalificação da EN 125, facto que, sem a existência da variante de Odiáxere, tornou o trânsito nesta vila, como já se viu este verão, ainda mais perigoso para peões e automobilistas, provocando o caos nos acessos a Lagos e a todos os concelhos das “Terras do Infante” (Lagos, Aljezur e Vila do Bispo)», considerou a autarquia.

A Câmara de Lagos salientou ainda a «má imagem» que esta realidade passa do Barlavento, a quem o visita. Uma zona do Algarve que, «em termos turísticos, deve ser segura e acessível, para ser internacionalmente competitiva».

O presidente da autarquia Júlio Barroso lembrou que Lagos foi a última cidade a receber a Via do Infante, tendo esperado «de 1992 até 2003», ou seja, 11 anos. «Sofremos de discriminação em matéria de acessibilidade com óbvio reflexo no desenvolvimento e na economia das empresas, famílias e cidadãos. Era suposto não haver portagens. Depois era suposto só haver portagens após a requalificação da EN 125. Agora temos portagens e a requalificação da EN125 é uma miragem. O município de Lagos e as demais “Terras do Infante” (Aljezur e Vila do Bispo) vão continuar a sofrer o efeito da periferia: mais distante, mais cara, com acessibilidade mais incómoda e insegura. Em suma, mais uma vez esquecida e maltratada pelos governos de Lisboa que prometem com uma mão e tiram com as duas», considerou o autarca.

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