CUVI pede reuniões a entidades do Algarve sobre «grave situação» da EN 125

A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) vai solicitar reuniões a várias entidades do Algarve – Câmaras de […]

A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) vai solicitar reuniões a várias entidades do Algarve – Câmaras de Lagos, Olhão, Tavira, Faro e S. Brás de Alportel, assim como com a AMAL e a Entidade Regional de Turismo do Algarve (ERTA) – para debater «a grave situação que envolve a EN125».

A CUVI chama a atenção para «a desgraça de muitas famílias destroçadas, como várias mortes e muitos feridos graves na EN125, que se transformou de novo na “rua da morte” – o que pode ser comprovado ultimamente».

A CUVI reuniu-se este fim de semana em Loulé, e considera que, «passado quase um ano sobre a introdução das famigeradas portagens [na Via do Infante] e face à atual conjuntura, ainda mais se justifica a continuação e o reforço da luta pela sua suspensão imediata».

As portagens agravaram sobremaneira uma situação de catástrofe social e económica que se abateu sobre a região algarvia – falências de empresas em catadupa, dezenas de milhares de desempregados e uma pobreza extrema que aumenta todos os dias.

«O governo PSD/CDS de Passos Coelho e de Paulo Portas é o grande responsável por toda esta situação de descalabro, destruição e morte que se abateu sobre o Algarve e as suas populações. Mas também existem outros responsáveis, em particular os deputados da maioria governamental e igualmente do PS, eleitos pelo Algarve e que, perante o avolumar da catástrofe, ainda não levantaram um dedo a exigir o levantamento das portagens. Uma atitude inadmissível e vergonhosa!»

A CUVI considera que esta «atitude ainda se torna mais incompreensível face à paragem das obras de requalificação e à anulação de importantíssimas variantes à EN e que já não vão ser construídas pela concessionária – as variantes de Odiáxere, Olhão, Luz de Tavira e da EN2 entre Faro e S. Brás de Alportel».

«E que dizer – segundo o relatório das Estradas de Portugal – do prejuízo de 19,9 milhões de euros que teve a Via do Infante no 1º semestre deste ano? De acordo com o citado relatório, os encargos desta via ascenderam a 25,8 milhões, enquanto as receitas apenas chegaram aos 5,9 milhões. Em todas as nove concessões os prejuízos atingiram 284 milhões, o que dá um custo diário de 1,5 milhões. As receitas apenas cobriram 24% das despesas e a Estradas de Portugal teve de endividar-se em 284 milhões para cobrir a diferença. Um colossal escândalo! Este governo continua a promover e a enriquecer os amigalhaços das PPP, enquanto rebenta com o país, o Algarve incluído!»

Por outro lado, a Comissão de Utentes vai levar a efeito um conjunto de iniciativas que culminarão numa «poderosa jornada de luta pela suspensão imediata das portagens na A22, a ter lugar no próximo dia 8 de dezembro e envolvendo a EN 125 e a Via do Infante – um ano depois da introdução fatídica das portagens na região».

Uma destas iniciativas será a convocação de uma nova assembleia de utentes para meados de novembro.

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