BE de Loulé condenou «decisão desproporcionada» de escola de Quarteira

O Bloco de Esquerda de Loulé condenou a «decisão desproporcionada» de uma escola de Quarteira e respetivo agrupamento em «retirar […]

O Bloco de Esquerda de Loulé condenou a «decisão desproporcionada» de uma escola de Quarteira e respetivo agrupamento em «retirar a uma criança a sua normal refeição», numa reação às notícias que têm abordado este assunto em diversos órgãos de comunicação social. Para os bloquistas, esta medida «denota uma profunda e preocupante desumanização que tem que ser reprovada».

O BE salientou, num comunicado, que a situação ocorreu num Agrupamento de Escolas que «tem mostrado preocupações muito positivas na resolução de situações complexas de carência social», mas frisou, por outro lado, que «esta medida desproporcionada, ao arrepio do que tem sido em grande medida a sua prática, não pode ser desculpabilizada».

«Ainda que os pais da criança tenham condições de pagar, são eles os responsáveis pelo não pagamento, não podendo ser a criança a sofrer as consequências pelos seus actos. Se se verificar que têm condições efetivas de pagar haverá outros meios de os coagir a cumprir as suas responsabilidades. Não é admissível que, por razões económicas ou por quaisquer outras, se invertam responsabilidades, transferindo-as dos pais para uma criança de 5 anos», defendeu.

O BE/Loulé exigiu ainda que a Câmara de Loulé dê «prioridade máxima para os apoios sociais e, neste caso, para a alimentação das crianças». «Aqui não são aceitáveis atrasos que ponham em causa o fornecimento de refeições. Ou será que a dívida que o Agrupamento apresenta, evocando o risco de não poder continuar a apoiar os que efetivamente necessitam, não é apenas dos pais, muitos deles sem condições para a pagar?», questionou o bloco.

«Não é tempo para posicionamentos politicamente corretos. Há princípios e valores que não se compram nem se vendem. A estigmatização e a represália a uma criança, como a que aconteceu em Quarteira, não podem ser aceites na escola pública e é fundamental retirar deste acto condenável todas as ilações», concluíram os bloquistas.

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