António Eusébio criticou fim das isenções na A22 e mudança de helicóptero para Beja

O PS/Algarve acusou o governo de «penalizar» a região com a decisão de acabar com o regime de isenções na […]

O PS/Algarve acusou o governo de «penalizar» a região com a decisão de acabar com o regime de isenções na Via do Infante para residente, considerando que a anunciada redução de 15 por cento «não serve os interesses económicos da região». Esta terça-feira, o presidente da Federação do Algarve do PS António Eusébio insurgiu-se igualmente contra a mudança do helicóptero do INEM de Loulé para Beja, medida que considerou que vem «marginalizar o Algarve» e é «extremamente punitiva».

Em dois comunicados distintos, o líder dos socialistas algarvios veio demonstrar o seu descontentamento em relação a duas situações que estiveram ontem na ordem do dia. O final das isenções na A22 já estava anunciado, mas António Eusébio defendeu que estas se deviam manter «até à conclusão das obras de requalificação da Estrada Nacional 125».

«Esta medida vem penalizar, mais uma vez, a região algarvia, tanto no contexto económico como social, com a agravante de que irá contribuir para um aumento significativo da sinistralidade na EN 125 e noutras estradas secundárias, que irão absorver grande parte do tráfego que deixará de utilizar a Via do Infante», considerou.

O socialista acusou o Governo de não ter cumprido a promessa que fez, ou seja, a de «manter as isenções até à conclusão das obras na EN 125», quando «é o próprio Governo que inviabiliza o cumprimento desta promessa ao manter suspensas estas obras de melhoramento da estrada nacional».

Para António Eusébio, «face ao sentimento generalizado que aponta para o seu abandono caso se mantenha a decisão do Governo, estamos perante um cenário de grande perda da capacidade estratégica da região».

 

Tirar helicóptero é desprezar «necessidades mais prementes» dos algarvios

 

Já no que toca ao helicóptero do INEM, que foi deslocalizado para Beja e substituído por um outro aparelho, sem as mesmas características de emergência médica, António Eusébio diz que com esta medida, o Governo esta a desprezar «de forma inadmissível as necessidades mais prementes» dos algarvios e deve, por isso, corrigir a situação.

«O Governo avançou com uma medida extremamente punitiva para a nossa região sem considerar qualquer avaliação feita por técnicos especializados, que poderiam apontar soluções mais rentáveis para o Estado e para o Algarve, tendo em conta que esta transferência vai acarretar mais custos inerentes às distâncias a percorrer pelo aparelho e colocará em causa, em alguns casos, as condições necessária para assegurar a saúde e a vida dos doentes», considerou o presidente do PS/Algarve.

Quanto à alternativa proposta, «não beneficiará em nada o Algarve pois, para além de não contar com uma equipa médica à semelhança do que sucede como o aparelho do INEM, o Kamov não pode operar em locais como as ilhas barreira e exige procedimentos de voo que não são compatíveis com os tempos de resposta inerentes a um serviço de emergência e socorro».

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