Albufeira pede 30,2 milhões ao PAEL, PS acusa Desidério de «abandonar o barco»

A Assembleia Municipal de Albufeira aprovou na passada quarta-feira a candidatura do município ao Plano de Apoio à Economia Local […]

A Assembleia Municipal de Albufeira aprovou na passada quarta-feira a candidatura do município ao Plano de Apoio à Economia Local (PAEL) e a contração de dois empréstimos, no montante de 30,2 milhões de euros, destinados a pagar dívidas de curto prazo.

A aprovação da candidatura ao PAEL passou ainda pelo reconhecimento de que as contas do município de Albufeira estão em desequilíbrio estrutural.

Francisco Oliveira, líder da bancada socialista na Assembleia Municipal, salientou na sessão que «é nos momentos de dificuldade e nas situações adversas que se vê a natureza e a têmpera das pessoas», numa alusão ao presidente da Câmara, o social-democrata Desidério Silva, que não assistiu à votação.

Segundo os socialistas, «o facto é que, após 12 anos de má governação, de gastos desnecessários, de falta de perspetiva, os albufeirenses são agora confrontados com um agravamento brutal das condições socioeconómicas».

Ricardo Clemente, presidente da Concelhia do PS Albufeira, questiona, em comunicado, «se as empresas e famílias de Albufeira estarão preparadas para os aumentos astronómicos de taxas, tarifas e impostos a que o atual executivo e a maioria PSD na Assembleia Municipal nos impõem?»

Estes empréstimos estão a ser contratados com condições que «obrigam ao agravamento nos impostos municipais, no caso o IMI para as taxas máximas 0,5 e 0,8, a derrama para a sua taxa máxima, assim como o IRS será fixado em 5%, ao que se alia o aumento das tarifas de água, saneamento e resíduos sólidos, as quais irão subir nos próximos tempos cerca de 30%».

Para Ricardo Clemente, «estes aumentos representam, já no próximo ano, cerca de 30% de agravamento na carga contributiva municipal e penalizam de forma muito gravosa os munícipes e empresas do concelho. O PS está manifestamente contra estes aumentos, acha-os injustos. Um município que fora próspero e que bem gerido teria hoje capacidade par dar uma resposta cabal à crise nacional e internacional e, bastar-lhe-ia para isso, terem sido evitados ao longo destes anos da gestão PSD, gastos completamente descabidos e desnecessários».

Mas, denunciam os socialistas, «face a tudo isto, o presidente da Câmara Desidério Silva opta por abandonar “o barco” e fugir procurando refúgio no Turismo do Algarve», numa alusão à previsível candidatura do autarca social-democrata a este organismo.

Ricardo Clemente deixa, por isso, «um último conselho»: «para bem do Turismo e do Algarve, não provoque nessas funções o mesmo dano que provocou em Albufeira, o Turismo do Algarve necessita de uma gestão responsável».

 

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