A ACTA já é a companhia residente do Teatro Lethes

A cedência do Teatro Lethes à ACTA-A Companhia de Teatro do Algarve foi oficializada na passada semana, com a assinatura […]

A cedência do Teatro Lethes à ACTA-A Companhia de Teatro do Algarve foi oficializada na passada semana, com a assinatura de um protocolo de comodato entre a companhia teatral algarvia e a Câmara de Faro. Além de companhia residente, a ACTA passa a ser a responsável pela gestão e programação do espaço.

No mesmo dia em que recebeu o Teatro Lethes, a companhia teatral também oficializou uma parceria com a associação Grémio das Músicas, igualmente sediada na capital algarvia, para colocar em marcha «um ambicioso programa de Jazz».

A ACTA admite que o trabalho a que se propôs poderá ser «hercúleo», já que o «público-alvo da ACTA, principal consumidor de cultura, tem sido – e de forma agravada vai continuar a ser – o mais penalizado pelas medidas de austeridade». A referência à mitologia grega não é por acaso, já que Lethes «é o rio que apazigua as almas dos que morreram, que as convoca ao esquecimento das agruras terrenas».

«De qualquer modo, a ACTA acredita num caminho de esperança, de resistência, e nesse acreditar é acompanhada pelo Grémio das Músicas, associação também sediada em Faro, dirigida pelo músico Zé Eduardo, a quem a ACTA confere a responsabilidade da programação na área do Jazz», lê-se no mesmo documento.

O olhar está colocado no futuro e a mudança é significativa, mas a ACTA fez questão de mostrar que não esqueceu o caminho trilhado até aqui. O Teatro Lethes vai passar a ter uma mascote, intimamente ligada à história da companhia teatral, «o Jorge».

Este é o nome «de uma máscara de grandes dimensões, sobrevivente de um espetáculo que a ACTA produziu há doze anos, e que foi criada pelo então ator e bonecreiro algarvio Jorge Soares», revelou a companhia.

«Esta é uma forma de divertida, ternurenta e socialmente útil de homenagear o Jorge. Perpetuamos simbolicamente a relação dele connosco, é como se estivesse cá todos os dias, e ao mesmo tempo estabelece uma relação com o público, que era um aspeto que o Jorge muito enfatizava», ilustrou o diretor da ACTA Luís Vicente.

«Ele esteve na fundação do VATe, o nosso Serviço Educativo, foi ele que trouxe para a ACTA a feição do trabalho com formas animadas, que hoje desenvolvemos com grande êxito nacional e internacional. Depois, a máscara está muito bem feita, foi um trabalho de artesão muito bem concebido e realizado», acrescentou.

 

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