VRSA vai apostar em Centro Comercial a céu aberto para rejuvenescer o centro histórico

Vila Real de Santo António (VRSA) vai investir na reabilitação urbana como forma de potenciar a economia local e a […]

Vila Real de Santo António (VRSA) vai investir na reabilitação urbana como forma de potenciar a economia local e a criação de emprego. A Câmara de VRSA assinou esta quinta-feira um protocolo com o Turismo de Portugal, tornando-se o primeiro município algarvio a aderir formalmente ao Programa de Fundos Europeus «Jessica». O projeto vilarealense prevê a transformação de parte do centro histórico da cidade num Centro Comercial a céu aberto.

Esta é apenas uma das medidas previstas, muito orientada ao comércio local. A ideia é «rejuvenescer» o centro de VRSA e dar-lhe uma nova dinâmica, através da sua reabilitação. E tudo começará da mesma forma que começou há pouco mais de 200 anos atrás, altura em que a cidade foi pensada e mandada construir de raiz pelo Marquês de Pombal.

«Vamos requalificar o Edifício da Alfândega, para que a Câmara Municipal possa vir a dotar este edifício com unidades de alojamento», revelou ao Sul Informação o presidente da Câmara de VRSA Luís Gomes, à margem da assinatura do protocolo com o Turismo de Portugal. Este foi o primeiro edifício construído na Vila Real que nascia, no início do século XIX.

«Basicamente, este centro comercial é a primeira fase do nosso projeto Jessica, que passa também pela requalificação das avenidas do nosso centro histórico. Mas, sobretudo, é um instrumento que nós temos para apoiar algumas iniciativas que se enquadrem dentro da estratégia de requalificação do centro histórico», acrescentou Luís Gomes.

«Também vamos procurar fazer outra coisa: as pessoas que quiserem renovar as suas esplanadas ou o seu mobiliário, tem aqui um instrumento a uma taxa de juro muito mais interessante do que se forem à banca pedir dinheiro emprestado», revelou. A verba contratada ontem é de cerca de  um milhão de euros, mas o investimento total na requalificação deverá ascender ao milhão e meio.

VRSA tornou-se o terceiro município a nível nacional a assinar um contrato de financiamento Jessica com o Turismo de Portugal, depois de Évora e Lisboa. Curiosamente, o projeto lisboeta também incide na herança patrimonial deixada pelo Marquês de Pombal, o Terreiro do Paço.

O Jessica de Vila Real de Santo António vai ser gerido pela empresa municipal Sociedade de Gestão Urbana (SGU), cujo administrador-delegado Pedro Alves fez a apresentação do projeto e dos seus objetivos. Um dos objetivos principais é potenciar as atividades económicas já existentes, mas também atrair novo investimento e «mais emprego». Com a iniciativa do Centro Comercial a céu aberto, Pedro Alves acredita que será possível «trazer novos clientes para o comércio local», sem perder aqueles que já visitam habitualmente o centro histórico de VRSA.

O Fundo Jessica (Joint European Support for Sustainable Investment in City Areas) é um instrumento de apoio comunitário que funciona em moldes diferentes do habitual, já que as verbas contratadas não são a fundo perdido, mas sim reembolsáveis. Os apoios destinam-se a projetos que aliem a renovação urbana ao estímulo da atividade económica, cujas mais valias vão servir para repor os valores investidos, que serão mais tarde aplicados noutros projetos.

No Algarve, há três outros projetos candidatos ao fundo Jessica, apresentados pelas Câmaras de Faro, Portimão e Lagos, segundo o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve David Santos.  Estas iniciativas estão neste momento «em análise».

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