O deputado algarvio do PS Miguel Freitas,manifestou ontem a sua preocupação relativamente à “incerteza “sobre a eventual inclusão das Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) de São Brás de Alportel e de Tavira em algum projeto-piloto de execução do cadastral florestal promovido pelo Ministério de Assunção Cristas.
“Esta matéria atinge proporções preocupantes tendo em conta que é essencial para a boa conclusão do plano de recuperação das áreas ardidas em curso a existência de um cadastro florestal”, esclarece Miguel Freitas, que subscreveu uma pergunta feita ontem pelo Grupo Parlamentar do PS à ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT) sobre esta questão.
Miguel Freitas sublinha, a propósito, a necessidade de o Governo esclarecer o que vai acontecer ao projeto-piloto de cadastro florestal definido pelo Governo anterior, nomeadamente se as ZIF dos concelhos algarvios afetados pelos incêndios passarão a integrar o respetivo regime experimental.
O parlamentar algarvio considera que, apesar desta incerteza, o MAMAOT tem passado a ideia de que São Brás de Alportel e Tavira representam uma boa oportunidade para desenvolver casos-pilotos para a realização do cadastro de propriedade rural e promover o emparcelamento rural, visando a gestão e reestruturação do espaço rural.
“A ministra veio ao Algarve anunciar um projeto-piloto para a área do grande fogo de S. Brás Alportel e Tavira, mas, na prática, nada foi feito para a concretização dessa ideia. É tempo de passar das palavras aos atos”, refere o deputado socialista.
Os socialistas questionam ainda sobre o ponto de situação do projeto-piloto para a alteração ao modelo de elaboração do cadastro rústico e florestal do País anunciado pelo Governo em Maio de 2012, bem como se há um prazo previsto para a sua conclusão.
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