O foyer do Teatro das Figuras foi “invadido” por esculturas de Rui Matos

As peças ocupam o foyer do Teatro das Figuras, em Faro, como se fossem corpos à espera de entrar para […]

As peças ocupam o foyer do Teatro das Figuras, em Faro, como se fossem corpos à espera de entrar para um qualquer evento, com os seus elementos curvilíneos em destaque. Não têm nome, como tantas vezes acontece aos indivíduos numa multidão, mas isso contribui para que quem as observa possa explorar a obra de arte livremente, sem condicionantes. O Teatro das Figuras acolhe até 14 de dezembro uma exposição do escultor português Rui Matos.

Como as peças em mostra, também a exposição não foi definida por um nome. Uma marca do escultor, que prefere deixar em aberto a interpretação da sua arte. «Não gosto de condicionar, não gosto de dar metáforas, porque leva para uma direção», revelou Rui Matos ao Sul Informação, à margem da cerimónia de inauguração da exposição, que teve lugar este sábado.

«Se eu der um título, será sempre um título poético muito lato. Mas prefiro não dar. Não gosto de condicionar. E há pessoas que identificam coisas diametralmente opostas nas minhas esculturas, o que para mim é bom», disse, a rir.

«Todas as obras têm um processo lógico e intuitivo. Basicamente, deixo o trabalho crescer como se fosse um corpo. Há uma ideia inicial, uma estrutura e ela vai crescendo, vai-se desenvolvendo como um ser vivo. E vou apanhando como referências uma série de coisas: há fragmentos de corpos, de plantas, há coisas quase industriais e aspetos mecânicos. Tudo entra e acaba num novo ser que é a escultura», explicou.

Rui Matos é natural de Lisboa e vive e trabalha perto de Sintra. Além de muitas exposições, deixou a sua marca em diversos espaços públicos em diversos municípios do País.

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