Desemprego no Algarve aumenta…e diminui em julho

O Algarve foi a terceira região do país onde o desemprego mais aumentou em julho, em relação ao mesmo mês […]

O Algarve foi a terceira região do país onde o desemprego mais aumentou em julho, em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo revelou o Instituto do Emprego e Formação Profissional na sua Informação Mensal do Mercado de Emprego.

O aumento foi extensível a todas as regiões do país, mas foi particularmente grave na Região Autónoma dos Açores (+46,3%), no Alentejo (+39,4%) e no Algarve (+33,4%).

Apesar deste crescimento homólogo do desemprego, no Algarve verificou-se a maior diminuição mensal do desemprego (–5,6%) em relação ao mês anterior (junho de 2012). Também nos Açores, se registou um decréscimo (-2,2%). Em relação à região algarvia, esta diminuição do desemprego em julho, quando comparado com o mês anterior, deverá ter a ver com a sazonalidade do turismo, que cria mais algum emprego temporário.

Em contrapartida, a região do Alentejo foi a que apresentou a maior subida do número de desempregados relativamente ao mês anterior, em termos percentuais (+4,4%), seguida da Região Autónoma da Madeira (+4,2%).

Ainda segundo os dados do IEFP, no fim de julho de 2012, os Centros de Emprego do Continente e Regiões Autónomas apresentavam 655 342 desempregados registados, o que corresponde a 81,7% de um total de 801 674 pedidos de emprego.

Comparando com o mês homólogo de 2011, o desemprego subiu 25,0% (+131 224). Também se registou um aumento, mas mais moderado, em relação a junho deste ano (+1,5%; +9 387).

O crescimento homólogo do desemprego afetou mais os homens (+31,4%) do que as mulheres (+19,5%).

Por grupo etário, foi no segmento jovem que o desemprego anual sofreu um maior agravamento (+36,6%, contra um acréscimo de 23,6% nos adultos).

Os desempregados inscritos há menos de 1 ano aumentaram 35,4%, em termos anuais, enquanto os de longa duração assinalaram uma subida equivalente a 11,2%.

O desemprego homólogo cresceu, de forma mais significativa, na categoria do primeiro emprego (+30,5%), situando-se nos 24,6% a subida percentual que teve lugar nas situações de procura de novo emprego.

Em todos os níveis de escolaridade, assistiu-se a um incremento do volume de desempregados, comparativamente a igual período do ano passado. Os diplomados do ensino superior destacam-se com um acréscimo de 49,5%, seguindo-se os do ensino secundário (+36,2%).

A análise na ótica das profissões dos desempregados, tendo presente os dados apurados para o Continente, põe em evidência,uma vez mais, a elevada representatividade do “pessoal dos serviços, de proteção e segurança” (78 359), dos “trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio” (70 771), dos “empregados de escritório” (62 852), dos “operários e trabalhadores similares da indústria extrativa e construção civil” (59 444) e dos “trabalhadores não qualificados das minas, construção civil e indústria transformadora” (54 813).

Estes cinco grupos profissionais representavam, no seu conjunto, 52,4% do total de desempregados inscritos no final de julho de 2012.

 

Desemprego entre os professores subiu 101,4%

 

A comparação com o mês homólogo do ano passado (julho 2012) mostra que o desemprego registado no Continente sofreu um aumento percentual mais significativo no grupo profissional correspondente aos “docentes do ensino secundário, superior e profissões similares”, com +101,4%.

Apenas os “quadros superiores da administração pública” – grupo que se apresenta pouco expressivo no total do desemprego registado – sofreram uma redução anual do número de desempregados (-38,0%).

No que respeita à atividade económica de origem do desemprego, observa-se que, de entre os 576 284 desempregados que, no final de julho de 2012, se encontravam inscritos como candidatos a novo emprego, nos Centros de Emprego do Continente, 61,6% tinham trabalhado anteriormente em atividades do sector dos “serviços”, com destaque para as “atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” e o “comércio por grosso e a retalho”; 34,6% vieram do sector da “indústria”, em especial da “construção”; e 3,1% eram oriundos do sector “agrícola”.

Comparativamente a julho de 2011, registou-se um crescimento do desemprego nos três grandes sectores de actividade económica, sobressaindo a oscilação percentual ocorrida no terciário (+26,1%). Desagregando por subsectores, denota-se que os acréscimos percentuais foram mais substanciais na “construção” (+37,9%), no “comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos” (+36,9%), nas “atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” (+34,3%), nas “atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares” (+33,8%), na “administração pública, educação, atividades de saúde e apoio social” (+30,2%) e nas “atividades de informação e comunicação” (+30,2%).

Por outro lado, com a única variação homóloga decrescente, ou seja, o único subsector onde o desemprego diminuiu, surge a “fabricação de têxteis” (-6,8%).

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