Seguro: Ajuda do Governo a Tavira e São Brás tem de chegar «já hoje e não para a semana»

A ajuda do Governo às vítimas do incêndio que devastou mais de 26 mil hectares da Serra do Caldeirão tem […]

A ajuda do Governo às vítimas do incêndio que devastou mais de 26 mil hectares da Serra do Caldeirão tem de chegar «já hoje e não para a semana que vem», considerou esta segunda-feira o secretário geral do PS José António seguro. O líder dos socialistas esteve em São Brás de Alportel para ver com os seus olhos os efeitos do incêndio e mostrou-se impressionado com o que viu.

À margem da visita, disse aos jornalistas que «é fundamental ter uma resposta de urgência a todas as pessoas que neste momento estão a precisar. Em primeiro lugar aqueles que ficaram sem casa e depois os que ficaram sem os que ficaram sem os seus haveres e sem meios de subsistência».

Apesar de elogiar o trabalho que as Câmaras de Tavira e São Brás de Alportel estão já a fazer, António José Seguro considerou que as autarquias «não têm recursos suficientes para resolver os problemas». «É necessário que o Governo possa ajudar e rapidamente. Neste momento e é o apelo que eu faço, é que sejam canalizados recursos públicos rapidamente para apoiar estas pessoas. Não é para a semana que vem. É já hoje!», defendeu, acrescentando que «as pessoas precisam da solidariedade nacional e do Estado português».

Sobre a eventual declaração do estado de calamidade pública nestes dois concelhos, o líder do PS a nível nacional é mais cauteloso, afirmando que não irá dizer «quais os instrumentos legais que devem ser utilizados».

Uma medida que já foi solicitada pelo presidente da Câmara de Tavira Jorge Botelho, que se mostra particularmente preocupado com o futuro, lembrando que os municípios «têm um espartilho, que é a Lei dos Compromissos, que nos impede de dar muitos passos à frente». «As populações, quando têm falta, não vão ao Terreiro do Paço, vêm bater às portas das autarquias. E nós, quando há fome, temos de ajudar as pessoas, porque elas têm de comer e de vestir. O Governo aqui é muito importante», considerou o autarca tavirense.

Entretanto, os técnicos camarários de Tavira já estão no terreno. «Estamos a fazer uma avaliação das perdas efetivas que as pessoas tiveram, que é um trabalho muito complexo e moroso», revelou. O relatório que daqui resultar será fundamental para pedir a declaração de calamidade pública.

Esta avaliação, também já começou em São Brás de Alportel. «A partir deste momento, temos de fazer a avaliação dos prejuízos, das famílias, da área floresta e centrar-nos nesse aspeto. Essencialmente, interessa agora ajudar as pessoas e para isso é preciso saber quais os meios que temos, se o Governo tem capacidade para disponibilizar alguns meios ou não e fazer o que estiver ao nosso alcance para minimizar os efeitos deste grande incêndio», disse o presidente da autarquia António Eusébio.

Ambos os autarcas acompanharam José António Seguro e diversas personalidades ligadas ao PS num périplo pro algumas das zonas afetadas. Ao mesmo tempo, têm mantido o contacto com o Governo. «Na quinta-feira fiz uma reunião do Ministro [da Administração Interna Miguel Macedo] que tinha a perceção que um terço da área do concelho de Tavira tinha ardido. Estamos a falar de 20 mil hectares», revelou Jorge Botelho. «Acima de tudo, o que queremos agora é saber como conseguimos ajudar as pessoas», adiantou.

 

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