Proposta de fecho da urgência básica de Loulé e Lagos revela «desconhecimento profundo da realidade»

As propostas apresentadas pela Comissão para a Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência «destroem a atual Rede de […]

As propostas apresentadas pela Comissão para a Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência «destroem a atual Rede de Urgência do Algarve recentemente requalificada», são «sustentadas em critérios desconhecidos», «revelam um desconhecimento profundo da realidade da Região, no que se refere à mobilidade e ao acesso das populações às unidades de saúde» e à «sazonalidade turística» considera o PS de Loulé em comunicado.

Os socialistas louletanos reagem assim às propostas da comissão técnica nomeada pelo Ministério da Saúde e cujo relatório, publicado no dia 16 no site oficial do MS, aponta para a perda do serviço de urgência básica em Loulé e Lagos, no Algarve.

O PS, em comunicado assinado pelo presidente da Concelhia louletana Victor Faria, salienta que as medidas defendidas pela Comissão «desprezam a importância que a Rede de Urgência do Algarve tem para a qualificação de uma oferta turística de qualidade a nível nacional e internacional».

Além disso, agravam «o custo de vida de milhares de cidadãos que para recorrerem aos Serviços de Urgência localizados em Faro e Portimão, teriam de arcar não só com as despesas de transporte como veriam agravadas as taxas moderadoras de acesso à urgência em 2.5 euros (Portimão) e 5 euros (Faro) por atendimento».

No caso do concelho de Loulé, a proposta da Comissão «tem o despudor de não só acabar com o Serviço de Urgência Básico localizado no Centro de Saúde de Loulé, como por em causa a própria continuidade da ambulância SIV aí colocada, obrigando as populações do concelho de Loulé (o maior concelho do Algarve quer em população quer em território) e as populações de freguesias vizinhas dos concelhos de São Brás de Alportel e Faro a recorrer ao SU do Hospital de Faro», denunciam ainda.

O PS/Loulé acrescenta que a proposta da Comissão «de uma penada retira ao Algarve, 1 Ambulância de Suporte Imediato de Vida localizada em Tavira, 2 Serviços de Urgência Básico localizados em Lagoa e Loulé e o Helicóptero do INEM localizado em Loulé, destruindo de uma só vez a Rede de Urgência/Emergência do Algarve montada em 2008 constituída por uma rede de emergência pré-hospitalar dotada de 4 ambulâncias SIV, localizadas em Lagos, Quarteira, Tavira e Vila Real de Santo António, 3 viaturas médicas de emergência e reanimação em Portimão, Albufeira e Faro e 1 Helicóptero do INEM localizado no heliporto de Loulé e por 4 Serviços de Urgência Básicos (SUB), situados em Lagos, Albufeira, Loulé e Vila Real de Santo António e 2 Serviços de Urgência Hospitalares em Portimão e Faro».

Por tudo isso, os socialistas manifestam «o seu repúdio por estas propostas que afetam o Algarve e o concelho de Loulé em particular, limitando o acesso da população aos cuidados de saúde e prejudicando a sua imagem nacional e internacional, questionando desde já o Presidente da Câmara de Loulé e o PSD de Loulé, acerca do seu conhecimento prévio destas propostas e das diligências já efetuadas junto do Governo e da ARS Algarve, IP, tomadas para combater esta afronta à população do concelho de Loulé».

O PS/Loulé considera que estas propostas, a concretizarem-se, seriam «um corte desproporcionado e inaceitável no acesso aos serviços de saúde consagrados na Constituição e um golpe para a atividade económica da Região e do concelho, apelando para que a população do concelho de Loulé mostre o seu repúdio e oposição às medidas propostas».

Os socialistas louletanos afirmam a sua disponibilidade para, «em conjunto com todas as forças sociais e económicas do concelho encetar todas as ações necessárias que levem à manutenção do atual dispositivo de Urgência/Emergência».

 

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