Gente que quer ajudar a serra a renascer das cinzas cria grupo «Voluntariado no Algarve»

Eles querem limpar, pintar, recuperar o que for possível, fazer trabalhos de eletricidade ou de construção, dar apoio de enfermagem […]

Eles querem limpar, pintar, recuperar o que for possível, fazer trabalhos de eletricidade ou de construção, dar apoio de enfermagem ou de organização, entre muitas outras tarefas possíveis. Eles querem, enfim, meter mãos à obra.

A ideia surgiu na sequência da onda de solidariedade que inundou o Algarve durante e após os incêndios que, na semana passada, consumiram mais de 26 mil hectares de floresta, sobreiral, casas, carros, alfaias agrícolas e animais domésticos, na Serra do Caldeirão, nos concelhos de Tavira e de São Brás de Alportel.

Para isso, foi criada o grupo no Facebook «Voluntariado no Algarve», que pretende juntar « um grupo de boa gente para dar novos sorrisos a quem perdeu tudo ou quase tudo, nestes últimos incêndios de São Brás e Tavira», explicou Fernando Casimiro, um dos mentores da ideia, ao Sul Informação.

«Através de um outro projeto, o Algarve Emprego, lancei um “desafio” e muitos foram os que mostraram disponibilidade e vontade em colaborar ou em ser voluntários nesta situação específica», disse. «Levei a cabo contactos com as autarquias em questão, de forma a saber na realidade as necessidades, embora algumas sejam óbvias pelas imagens e reportagens feitas pelas televisões, imprensa nacional e regional, por vários blogues, páginas de Facebook, etc».

O grupo tem, para já, 134 membros, mas qualquer pessoa pode pedir para o integrar e dizer em que área pretende ajudar. Segundo Fernando Casimiro, os membros desta rede são «um grupo de pessoas residentes ou naturais do Algarve, sobretudo pessoas que moram nos concelhos de Faro, Loulé, São Brás ou Tavira, mas não só, prontas a ajudar quem mais precisa…e não só! Para já, isto é uma tentativa de organizar: é que existe gente a precisar de ajuda, muitos a querer ajudar, mas, acima de tudo, precisa-se de saber na realidade o quê e quem precisa de ajuda…»

Para tentar canalizar toda esta vontade de fazer, Fernando Casimiro já contactou as Câmaras Municipais dos dois concelhos afetados pelos fogos – São Brás de Alportel e Tavira. A ideia é, salienta, «dar a conhecer que há toda esta gente com vontade de ajudar, de oferecer o seu trabalho voluntário. Mas precisamos de saber em que é que é necessária a nossa ajuda efetiva».

A Câmara de São Brás mostrou-se muito «aberta e informal, enquanto a de Tavira nos remeteu para o Banco Local de Voluntariado». São primeiros passos, importantes, mas Fernando Casimiro insiste que «para já é preciso fazer um levantamento dos voluntários, das áreas em que possam ajudar e da sua disponibilidade». E, sobretudo, organizar as coisas de modo a que se possa aproveitar toda esta maré de boa vontade.

Se não tiver perfil no Facebook e mesmo assim quiser contactar com o grupo, pode utilizar os emails [email protected]m ou [email protected].

 

Atualizado às 19h00, com a introdução de um novo endereço de email

 

 

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