Fogo de Tavira mantém quatro frentes mas bombeiros esperam dominar chamas nas próximas horas

Os bombeiros esperam ter o fogo do Cachopo dominado nas próximas horas, revelou o comandante José Ribeiro, da Autoridade Nacional […]

Os bombeiros esperam ter o fogo do Cachopo dominado nas próximas horas, revelou o comandante José Ribeiro, da Autoridade Nacional de Proteção Civil, no briefing com jornalistas que acabou de ter lugar naquela povoação serrana do concelho de Tavira.

«Este incêndio mantém quatro frentes ativas, duas delas a lavrar com mais intensidade, nomeadamente no Vale João Farto, na Cortelha de Baixo e na zona entre Botaréu e Seixos, onde temos tido algumas reativações muito fortes», salientou o comandante José Ribeiro.

O comandante acrescentou que as principais dificuldades enfrentadas pelos bombeiros têm sido «o grande perímetro e o relevo do terreno», ou seja, o facto de se tratar de um incêndio muito extenso numa zona de serra bastante acidentada.

Neste momento, e segundo o ponto de situação feito há minutos, o fogo está a ser combatido por 414 operacionais, 130 viaturas, seis meios aéreos (dois helicópteros pesados, um helicóptero de coordenação da Força Aérea, dois aviões anfíbios, e um avião canadair espanhol). Um outro avião anfíbio sofreu uma avaria quando tentava reabastecer-se de água na Barragem do Roxo, e teve que amarar, ficando inoperacional.

Por seu lado, dois helicópteros foram desviados para os incêndios que deflagraram esta tarde em Almada de Ouro (Castro Marim) e Alportel (São Brás). Estes fogos, garantiu José Ribeiro, nada têm a ver com o incêndio de Tavira.

Além de bombeiros das corporações de todo o Algarve, foram ainda mobilizados operacionais de Beja, Setúbal, Évora e Lisboa, bem como cinco pelotões militares, que estão a ajudar nas operações de rescaldo.

Jorge Botelho, presidente da Câmara de Tavira, por seu lado, disse que foram evacuadas 17 pessoas dos montes de Castelão e Feiteira, perto do Cachopo, por precaução. Essas pessoas foram alojadas nos lares de idosos do Barranco do Velho e do Cachopo.

Na zona há várias estradas cortadas, por razões de segurança, devido ao fogo. São elas a EN124, entre Cachopo e Feiteira, o Caminho Municipal 397, que liga Cachopo a Tavira, e a Estrada Nacional 392, cortada na zona de Monte da Ribeira.

 

Foto de: Carlos Filipe de Sousa

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