Festival do Marisco de Olhão com menos dias, mas mais stands de marisco

O Festival do Marisco vai regressar a Olhão entre os dias 8 e 12 de agosto e, apesar de ter […]

O Festival do Marisco vai regressar a Olhão entre os dias 8 e 12 de agosto e, apesar de ter menos um dia que o habitual, vai compensar com mais uma banca de venda de marisco. O ano é de contenção, patente na diminuição do orçamento e da duração da festa, mas a organização espera atingir um nível de visitantes total semelhante a edições anteriores.

A opção de retirar um dia ao evento está ligada à «crise que o País atravessa», que se espelha nas famílias, o que obrigou a organização, a cargo da empresa municipal olhanense Fesnima «a diversas restrições», disse o presidente da Câmara de Olhão Francisco Leal, na apresentação do evento, que decorreu na passada sexta-feira.

A que salta mais à vista é a diminuição dos dias de festival, que aconteceu, por um lado, para manter a qualidade do cartaz e, por outro, para tentar ter mais gente em cada dia. «Sentimos que havia aqui alguma dificuldade da parte dos que nos visitavam», pelo que a solução foi tentar condensar a oferta, para diminuir custos, tentando manter o retorno.

«São apenas cinco dias, mas esperamos conseguir ter o mesmo número de pessoas em menos dias», revelou Francisco Leal. Um desígnio que o autarca justifica com o facto de haver muitas pessoas que vão ao evento «duas ou três vezes por ano», mas que não têm capacidade financeira de ir todos os dias.

Embora admita que, em muitos casos, «as pessoas não virão tantas vezes como vinham antes», considerou que os que pensavam vir não deixam de o fazer pelo facto de o evento ter menos um dia.

Para a organização, menos um dia significa uma poupança substancial, que se irá fixar «entre os 17 e os 20 por cento» em relação à edição de 2011». O orçamento do Festival do Marisco para 2012 vai será de 470 mil euros.

Outra das grandes novidades da 27ª edição do festival é o aumento do número de stands de «seis para sete», segundo o presidente da Fesnima Vítor Lopes. Além de haver mais locais para escolher e comprar as belas iguarias que deram fama internacional a este evento, muitas das bancas vão passar a ter terminais de multibanco. «Para colocarmos uma máquina de Multibanco dentro do recinto custava-nos muito dinheiro, pelo que incentivámos os stands a adquirir terminais», revelou, por seu lado, Francisco Leal.

Ao nível de preço, mantém-se o do ano passado, ou seja, 8 euros por pessoa. Um valor que já não inclui a caneca alusiva à atual edição do festival, que pode ser adquirida dentro do recinto.

Francisco Leal admitiu que é bem possível que a autarquia tenha de suportar «o défice que houver», uma vez que este ano foi muito difícil encontrar apoios e patrocínios, mas defendeu que não podia deixar cair «o primeiro cartaz de Olhão». O nome da ERTA até consta do material promocional do festival, mas acabou por não dar o apoio esperado.

«Quando pusemos o Turismo do Algarve estávamos na expectativa que ainda nos pudessem dar um apoio substancial, o que não aconteceu. Ainda esperamos que possam vir dois ou três mil euros, nem que seja para mandar cantar o cego, como se costuma dizer», disse, a rir, Francisco Leal.

 

Cartaz musical volta a contar com músicos sonantes e com…o Olhanense

 

Não consta que irá cantar nem tocar, mas é certa a subida do plantel do Sporting Clube Olhanense ao palco do Festival do Marisco de Olhão. A equipa principal do Olhanense, que voltará a disputar a I Liga na época que começou este fim-de-semana, vai ser apresentada no dia 8 de agosto, uma quarta-feira. O Olhanense vai aquecer o palco para o concerto de Tony Carreira, que costuma ser sinónimo de casa cheia.

No dia seguinte, atuam os GNR, banda portuguesa que celebra 30 anos de carreira em 2012. Na sexta-feira, é dado espaço a uma banda britânica de tributo aos Beatles. Sábado sobe ao palco Rui Veloso e a festa é encerrada no domingo pela banda Calypso, que virá do Brasil.

Todos os dias, exceto o dia 8, também será dada oportunidade aos locais de mostrar a sua arte, com bandas de Olhão a ser convidadas a fazer o primeiro concerto.

 

Qualidade do marisco é compromisso da organização

 

Como é hábito nas apresentações do Festival de Marisco de Olhão, nunca falta uma palavra para a qualidade do marisco que é servido e uma chamada de atenção para o facto de «nunca ter havido problemas alimentares» neste evento, em quase trinta anos. Ao mesmo tempo, Francisco Leal aproveitou para pedir mais fiscalização noutros eventos.

«Temos tido o prazer de contar sempre com a presença da ASAE de há alguns anos a esta parte. Não temos qualquer problema com isso e até agradecemos a ajuda em garantir que a qualidade é total. Apenas lamentamos que a ASAE não tenha o mesmo comportamento com outros eventos semelhantes noutros pontos do Algarve», afirmou o autarca.

Apesar de se recusar a nomear quais os eventos que tinha em mente, Francisco Leal explicou que a sua preocupação é que aconteça algum problema nessas festas e que «o Festival do Marisco leve por tabela».

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