O movimento autárquico «Com Faro no Coração» exigiu esta quarta-feira que Macário Correia «tenha uma postura de Estado e suspenda de imediato o mandato» até que seja concluído o processo no Supremo Tribunal Administrativo que pode levar à perda de mandato do atual presidente da Câmara de Faro.
Ainda assim, e ao contrário do PS, principal partido da oposição em Faro, o CFC considera «irresponsável querer empurrar os munícipes para um ato eleitoral», quando falta pouco mais de um ano para o final do atual mandato. Em causa estão «os custos que isso teria», segundo um comunicado enviado às redações.
O movimento liderado pelo antigo presidente da Câmara de Faro José Vitorino deixou claro que não há pré-condenação na praça pública, mas que este processo, seja qual for a decisão revela «uma forma de estar e de decidir do Engenheiro Macário Correia». «Sempre denunciámos e demonstrámos que não estuda processos, decide contra a lei ou sem se preocupar se a cumpre», acusaram.
«No caso de Tavira, qualquer que seja a decisão, avançou contra todos os pareceres e não procurou esclarecer junto das entidades de tutela técnica. Em Faro, com o voto expresso do PS, ou a conivência deste partido, são muitas as decisões com queixas que correm termos no Tribunal de Contas, Ministério Público, Inspeção de Finanças, Inspeção Geral e Administração Local», alegou o movimento.
O PS também não é poupado a críticas. O CFC acusou os socialistas de, ao evocar uma política «de quero, posso e mando» a ser seguida pelo executivo camarário, «está a acusar-se a si próprio».
«O PS também não tem autoridade para pedir ou exigir nada e devia estar calado, porque depois do ex-presidente Luís Coelho ser condenado a um ano e seis meses de prisão, com pena suspensa, manteve-o em Presidente na Assembleia Municipal», acrescentou o CFC.
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