Atrasos nas obras da Parque Escolar deixam alunos de Lagos sem aulas de Educação Física no início do ano letivo

O atraso nas obras da Parque Escolar na Escola Secundária Júlio Dantas, em Lagos, vai deixar os alunos sem aulas […]

O atraso nas obras da Parque Escolar na Escola Secundária Júlio Dantas, em Lagos, vai deixar os alunos sem aulas de Educação Física no início do ano letivo 2012/2013, anunciou a Câmara deste concelho algarvio.

A autarquia diz que foi levada a conhecimento, na Reunião de Câmara de dia 18 de julho, a posição dos responsáveis do Agrupamento de Escolas Júlio Dantas, dando conta da situação grave que se arrasta no tempo, resultante da paragem das obras de requalificação realizadas pela Parque Escolar neste estabelecimento.

A Câmara de Lagos sublinha que «aguarda há meses por uma resposta».

Naquela Reunião de Câmara, o presidente da autarquia Júlio Barroso deu a conhecer publicamente uma mensagem da Escola Secundária Júlio Dantas, à qual o executivo municipal manifestou, desde o primeiro momento “a maior compreensão e solidariedade perante o grito de protesto e pedido de socorro que ela representa”.

Foi aliás recordado que “quer ao nível da Câmara Municipal, quer ao nível da Assembleia Municipal, tem havido da parte de todos os eleitos locais as mais veementes manifestações de apoio e solidariedade para com toda a comunidade educativa da Escola Secundária Júlio Dantas, e de repúdio e contestação perante a (in)ação de quem de direito”.

Segundo o professor António Vidal Santos, vice-presidente da CAP do Agrupamento de Escolas Júlio Dantas, esta escola secundária “prevê um início de ano letivo 2012/2013 «NEGRO» para os seus aproximadamente 1200 alunos, devido ao atraso na 2ª fase da reconstrução da escola”.

Refere ainda a mensagem que, no próximo ano letivo, a Escola Secundária Júlio Dantas passará a receber os alunos das turmas de 9º ano da Escola Tecnopólis (decisão tomada na última reunião do Conselho Municipal de Educação de Lagos realizada em 25 maio de 2012 e que resulta da constituição do “mega-agrupamento” de escolas Júlio Dantas), “o que torna impossível o funcionamento das atividades de Educação Física”.

A este propósito recorda o professor que estas aulas funcionaram, no ano letivo 2011/2012, no Complexo Desportivo Municipal, representando uma despesa acrescida de 6 364.05 euros, quantia que, segundo o professor, deveria ter sido paga pela Parque Escolar, “mas que acabou por não acontecer devido à falta de cabimento de verbas”, tendo ficado a escola com mais este encargo financeiro.

No texto da mensagem é ainda focada a questão do refeitório e do bar da escola, que têm funcionado em monoblocos “em condições deficientes, onde as temperaturas nos meses de maio e junho chegaram a atingir os 44ºC. Análises efetuadas pelo HCCP, mostraram que, no mês de junho, havia indícios de contaminação em alguns produtos alimentares”.

Para a escola “é inadmissível que,  entre janeiro e junho, a empresa responsável pelas obras só tenha laborado cerca de 40 dias”. Neste sentido, a comunidade educativa da Escola Secundária Júlio Dantas, vem solicitar aos responsáveis, “que analisem a situação real da escola e que facilmente constatarão que a paragem desta obra não tem razão de acontecer, só por uma questão de «teimosia», sem justificação para a realidade que o pais está a viver, constituindo um “crime” público, para todos os contribuintes, com consequências irreparáveis para toda a comunidade educativa”.

De acordo com o autarca, esta mensagem será utilizada “para reiterar junto das entidades responsáveis pela obra (Ministério da Educação, Ministério das Finanças, Parque Escolar) a nossa maior repulsa pela maneira como todos temos sido tratados neste processo. A Escola que desespera por uma solução e a Câmara que aguarda há meses por uma resposta”.

Na Reunião de Câmara de 06 de junho, já tinha sido aprovada, por unanimidade, uma moção referente a este assunto, na qual a Câmara e o seu representante máximo, o presidente Júlio Barroso, manifestaram as suas preocupações e insatisfação pela situação em que se encontravam as obras de requalificação da Escola Secundária Júlio Dantas, que tinham voltado a parar por falta de pagamentos ao empreiteiro, pela empresa pública Parque Escolar.

.Tanto para a autarquia, como para a própria escola, «afigura-se imprescindível a conclusão deste projeto, que se encontra em curso há dois anos letivos».

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