12 mil encheram a casa do Festival Med em Loulé

Mais de 12 mil pessoas passaram pelo Festival Med, em Loulé, ao longo das suas noites, anunciou a Câmara Municipal […]

Mais de 12 mil pessoas passaram pelo Festival Med, em Loulé, ao longo das suas noites, anunciou a Câmara Municipal desta cidade algarvia.

Chegou ao fim mais uma edição do Med, um dos mais conceituados festivais de World Music nacionais. A 9.ª edição do Med trouxe até ao Centro Histórico de Loulé, ao longo de dois intensos dias, alguns dos nomes mais proeminentes da World Music como A Curva da Cintura com Arnaldo Antunes, Toumani Diabaté e Edgard Scandurra, Jamaican Legends com Ernest Ranglin, Sly & Robbie e Tyrone Downie, Boubacar Traoré, Cheikh Lô, SMOD, entre outros.

Para Joaquim Guerreiro, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Loulé e programador do festival, “esta edição foi uma das mais intensas de toda a história do Festival Med. Contou-se com a estreia mundial do projeto A Curva da Cintura que reúne três grandes mestres da World Music, algo inédito no mundo dos festivais, bem como com a passagem da tournée dos Jamaican Legends, que nos trouxe quatro lendas vivas do reggae jamaicano. Estes dois acontecimentos são para Loulé e para o Med um privilégio”.

Aos vários palcos do Festival subiram, assim, sons da Jamaica, do Senegal, do Brasil, de Espanha e claro de Portugal. Para além da música o artesanato, a gastronomia e as artes plásticas também voltaram a marcar presença no Centro Histórico de Loulé.

Um dos principais destaques da última noite foi a atuação dos lendários Ernest Ranglin, Sly & Robbie e Tyrone Downie, com a formação Jamaican Legends. Esta união que reúne quatro grandes mestres da World Music tem como objetivo celebrar o 50º aniversário da independência da Jamaica numa digressão mundial, que terá lugar apenas este ano. Para o Med e para Loulé foi um privilégio receber este grupo com o espetáculo fascinante que se presenciou este sábado, no Palco Matriz.

Boubacar Traoré atuou também no sábado, no Palco Cerca, e conquistou a lotada plateia que assistia ao primeiro som lançado pela sua guitarra. Este incontornável artista malinense do blues africano tem um estilo único e inimitável, profundamente inspirado no som da kora. A sua atuação comprovou porque é considerado um dos mais importantes artistas de World Music.

Para encerrar a última noite do festival chegou diretamente de Londres, do Festival Back2Black, o aclamado DJ brasileiro Sany Pitbull. Ao longo de mais de duas horas intensas o carioca deu a conhecer as suas produções que a partir do funk brasileiro apostam na exploração instrumental e na riqueza de ritmos e influências. Este foi um do momentos mais calorosos desta edição, onde se viu dançar pessoas de todas as idades e géneros.

As bandas portuguesas que atuaram na segunda noite do festival voltaram a brilhar e a estar a par com os nomes internacionais. Norberto Lobo brindou Loulé com uma atuação única e memorável. A sua mestria na guitarra clássica captou e tomou conta do público do Palco Castelo ao longo de uma hora mágica.

O pop-marialva traçado a tinto fanfarra com tiques à Emir Kusturica da banda portuguesa A Caruma pôs a plateia do Palco Cerca aos pulos ao longo de todo o espetáculo.

Já os reconhecidos You Can’t Win, Charlie Brown, como já se previa, apresentaram um concerto caloroso que viajou por entre variadas melodias dançáveis, enérgicas, tribais e até levemente pop. Três grandes atuações a recordar.

Esta 9.ª edição contou ainda com uma forte aposta na vertente artística. As exposições presentes no recinto, no âmbito do Festival, voltaram a ser uma das grandes atrações do evento.

O maior destaque foi a exposição “Abrindo portas para o Futuro” que consistiu no desafio feito pela Autarquia a 18 artistas nacionais e internacionais para pintarem as molduras das portas e janelas de casas devolutas da Zona Histórica da cidade. Assim, durante os dois dias do Festival, os visitantes depararam-se com várias manifestações de street art espalhadas pelo recinto.

Outras três mostras marcaram presença no MED, sendo que podem ser visitadas posteriormente. Trata-se da exposição de fotografia “Egito” de Pedro Barros, que está em exibição nos Claustros do Convento do Espírito Santo até ao próximo dia 28 de setembro, bem como a exposição de Tomás Colaço e Sofia Aguiar “Memórias Tangerinas”, na Galeria de Arte do Convento do Espírito Santo, em exibição até 18 de agosto.

A estas junta-se ainda a exposição “Habitar a Escuridão” do destacado fotógrafo Mexicano Marco António Cruz, que poderá ser vista até dia 30 de agosto, no Cruz no CECAL – Centro de Expressão e Criação Artística no Parque Municipal de Loulé.

E já há perspetivas para 2013: o vereador Joaquim Guerreiro anunciou que a 10ª edição do Festival será o momento ideal para voltar a trazer algumas das atuações mais memoráveis que passaram pelo evento desde o seu nascimento.

 

Fotos de: Carlos Filipe de Sousa

 

Veja mais fotos no álbum da nossa página no Facebook:

Comentários

pub