Secretário de Estado da Saúde espera que concursos dos hospitais atraiam médicos ao Algarve

O secretário de Estado da Saúde espera que os concursos recentemente abertos para preencher 158 vagas de médicos especialistas nos […]

O secretário de Estado da Saúde espera que os concursos recentemente abertos para preencher 158 vagas de médicos especialistas nos hospitais de Faro e de Portimão tenham sucesso.

«Na abertura de vagas a nível nacional, estabelecemos um critério diferenciador para que, não havendo vagas nos grandes centros urbanos – Lisboa, Porto e Coimbra –, se criem condições para que os médicos optem por trabalhar em zonas mais periféricas», explicou Fernando Leal da Costa, em declarações ao Sul Informação, no final da inauguração do novo Centro de Saúde de Portimão, que decorreu esta segunda-feira.

O secretário de Estado considera até que o Algarve «não é uma zona periférica», mas antes «uma região muito dinâmica em termos económicos e de população».

Por isso, defendeu, os hospitais do Algarve são «um bom sítio para um profissional de saúde fazer carreira». «O Algarve é claramente um bom sítio para se trabalhar em Portugal», insistiu Leal da Costa.

O governante sublinhou que o facto de existir atualmente uma Faculdade de Medicina na região algarvia «também contribuirá para fixar profissionais».

Apesar do otimismo do governante, a verdade é que o Algarve tem falta de médicos, sobretudo ao nível das especialidades. Assim, além dos 158 médicos que deverão ser recrutados para os hospitais – 115 para Faro e 43 para Portimão -, há também falta de profissionais nos Centros de Saúde.

Rosa Gonçalves, diretora do Agrupamento de Centros de Saúde do Barlavento, revelou ao Sul Informação que, só nesta área – que abrange Portimão, Lagoa, Silves, Lagos, Aljezur, Monchique e Vila do Bispo -, faltam «cerca de 40 médicos».

Este foi, aliás, um dos temas abordados por esta responsável durante a visita guiada que fez ao secretário de Estado Leal da Costa e à restante comitiva, mostrando-lhes os meandros e serviços do novo Centro de Saúde de Portimão.

«Este gabinete só está à espera que caia aqui um médico», comentava Rosa Gonçalves em conversa com o governante, enquanto lhe mostrava uma zona com gabinetes médicos.

 

Novo Centro de Saúde custou 6,7 milhões

 

O novo edifício do Centro de Saúde de Portimão, situado junto ao antigo Hospital da Santa Casa de Misericórdia em Portimão, custou 6,7 milhões de euros.

Segundo a Administração Regional de Saúde do Algarve, apresenta instalações altamente qualificadas para a prestação de cuidados de saúde, permitindo assegurar os cuidados de saúde primários a cerca de 59.000 utentes do concelho, onde são realizadas anualmente cerca de 95.000 consultas de ambulatório e mais de 4.000 consultas de especialidades hospitalares.

A nova estrutura, localizada numa área geográfica com considerável número de população flutuante, «vem reforçar a prestação de cuidados de saúde na Região do Algarve, aumentando a oferta de serviços à população e garantindo o acesso dos cidadãos a serviços mais eficientes e de melhor qualidade, obtendo ganhos em saúde e ganhos na satisfação dos utentes», acrescenta a ARS.

O novo edifício acolhe as novas unidades funcionais de saúde do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Barlavento, integrando os cuidados de saúde primários, cuidados hospitalares descentralizados, cuidados comunitários, a unidade de saúde pública e ambiental, serviços de atendimento.

O novo Centro de Saúde de Portimão abriu as suas portas na sexta-feira, dia 25 de maio, mas só a meio da semana seguinte começou a funcionar em pleno.

A construção do edifício sofreu alguns percalços: foi iniciada em dezembro de 2007, mas a obra esteve parada durante cerca de um ano devido à insolvência do empreiteiro.

Em 2010, a ARS Algarve tomou posse administrativa da obra, tendo aberto novo concurso público para a sua conclusão, que só teve lugar este ano.

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