Querença já chegou ao Alto Minho

O Projeto Querença vai ter vários “filhos”, leia-se projetos que vão integrar a «Rede Nacional Com Querença» e já chegou […]

O Projeto Querença vai ter vários “filhos”, leia-se projetos que vão integrar a «Rede Nacional Com Querença» e já chegou ao Alto Minho. No concelho de Viana do Castelo, a metodologia usada na aldeia louletana vai ser aplicada num projeto que junta as quatro freguesias que compunham o já extinto município de Geraz do Lima, numa altura em que vários municípios estão quase prontos a juntar-se à rede.

O projeto de Geraz é aquele que está numa fase mais avançada e já foi mesmo assinado um protocolo para a sua criação entre as juntas de freguesias beneficiadas, a Câmara de Viana do Castelo, o Politécnico da cidade o e a cooperativa para o Desenvolvimento Sustentável de Geraz do Lima. Mas não são os únicos que se perfilam para fazer parte desta rede de projetos de desenvolvimento do território.

Segundo revelou ao Sul Informação António Covas, coordenador pedagógico do Projeto Querença e principal impulsionador desta rede, além de Geraz do Lima, também estão em fase muito avançada «projetos em Campomaior, em Alcoutim e nas Aldeias Ribeirinhas do Alqueva». Em cada local, a metodologia será adaptada à realidade local, com a rede a servir de ponto de ligação entre os diferentes projetos.

A Rede Nacional Com Querença promete ficar bem maior, muito depressa. «Salvo erro, há já 27 ou 28 municípios interessados em replicar o Projeto Querença», revelou. Um desígnio que ganhou mais força com algumas medidas do Governo, que vieram colocar à disposição verbas de apoio a iniciativas com estas características.

Desde logo, o Programa «Valorizar – Criar valor com o Território», anunciado pelo secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional António Almeida Henriques quando visitou Querença, há cerca de duas semanas, no âmbito do encerramento da primeira fase do projeto com o nome desta aldeia louletana.

«Tenho grande esperança nesse programa. Foi-nos dada a garantia que estaria pronto até final do mês. O seu aparecimento veio confortar todas estas entidades que querem pertencer à rede», revelou António Covas. Ainda não é conhecido o montante que será afeto a este programa, mas é garantido que terá um eixo à medida de projetos de valorização de territórios de baixa densidade.

«Hoje [quarta-feira] recebemos outra boa notícia, com o anúncio por parte do Governo do lançamento do programa Impulso Jovem», acrescentou. Este programa vem dar apoio àqueles que derem emprego a jovens, uma das premissas do Projeto Querença e de eventuais iniciativas feitas no âmbito da rede nacional.

O projeto assenta em estágios profissionais de jovens licenciados, que passam a viver e a procurar criar valor num território de baixa densidade.

Esta nova linha de apoio anunciada pelo Governo pode ser particularmente útil para o projeto Querença 2, a segunda fase da iniciativa que terminou no mês passado. «Uma das medidas do programa tem a ver com o autoemprego e com o empreendedorismo. Tenho de o estudar bem porque pode ser importante para nós», revelou.

O desafio do Projeto Querença, para o futuro próximo, passa por consolidar as ideias de negócio que surgiram na primeira fase e garantir que daqui nasçam empresas.

Com esta ajuda da parte do poder central, António Covas já fala sem reservas do que gostaria de ver no futuro, na região. «No Algarve, estão interessados em aderir à rede Alcoutim, Monchique, Castro Marim e Vila do Bispo. Imagino um anel que vem de Alcoutim até Vila do Bispo. Querença seria a cabeça da rede, com o centro nevrálgico na Universidade do Algarve», disse.

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