PS questiona Governo sobre eventual retirada de helicóptero ao Algarve

O deputado do PS Miguel Freitas classificou hoje como «inqualificável» a situação de incerteza criada pelo Governo quanto à eventual […]

O deputado do PS Miguel Freitas classificou hoje como «inqualificável» a situação de incerteza criada pelo Governo quanto à eventual retirada, de Loulé, do helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), considerando que, a concretizar-se, esta decisão terá «consequências gravíssimas na prestação dos serviços de saúde e emergência na região algarvia, onde fenómenos como a sinistralidade rodoviária tendem a aumentar nesta altura do ano».

Subscritor da pergunta apresentada hoje pelo Grupo Parlamentar do PS ao Ministro da Saúde sobre as verdadeiras intenções do Governo sobre esta matéria, Miguel Freitas deixa uma crítica à forma como o Executivo tem vindo a «cortar despesa, sem olhar a meios e sem medir as reais consequências destas medidas na vida dos cidadãos».

«Com a saúde das pessoas não se brinca e é inadmissível que o Governo decida eliminar este importante meio de emergência, numa altura em que no Algarve aumenta substancialmente a probabilidade de acidentes e o consequente recurso a este equipamento de transporte de doentes. Trata-se de uma decisão com graves consequências para as pessoas e para a própria imagem da região», observa o parlamentar, para quem a retirada da aeronave do heliporto de Loulé representa uma grave lacuna em matéria de serviços de emergência não só no Algarve como no Baixo Alentejo.

Na exposição ao Governo em que questionam os fundamentos para a anunciada decisão de retirar o helicóptero estacionado em Loulé, os deputados socialistas Miguel Freitas, João Soares e António Serrano, coordenador da área de Saúde do PS, sublinham mesmo que, funcionando a atividade de emergência médica em rede de complementaridades entre os vários meios de emergência médica ao serviço da população, «há o risco de, perante a eliminação deste helicóptero, o socorro possa ser comprometido no Algarve».

E salientam que, para além de não existir uma outra localização a sul do País mais favorável para o estacionamento do referido meio, decorre atualmente um concurso para obras de melhoramento do heliporto de Loulé, alegamente solicitadas pelo INEM para viabilizar o serviço noturno de helicópteros, orçadas em cerca de 800 mil euros, ao abrigo de um projeto submetido ao Programa Operacional de Potencial Humano, ou seja, através de financiamento comunitário.

«Iremos continuar a bater-nos contra esta decisão do Governo, que ressurge numa altura extremamente inoportuna para a segurança de todos nós», garante Miguel Freitas, criticando ainda os dirigentes e deputados do PSD e do CDS pelo respetivo silêncio perante mais uma «tentativa de desvitalizar o Algarve».

Os parlamentares do PS querem saber ainda se o Governo acautelou as consequências inerentes a esta decisão para a atividade turística do Algarve, bem como o seu impacto na imagem da região e do País no mercado mundial do turismo, tendo solicitado a avaliação dos últimos dois anos destes serviços, bem como os respetivos custos de operação em que se baseou a decisão do Ministério da Saúde.

Os deputados pedem também esclarecimentos ao Ministério da Saúde de como pretende assegurar a complementaridade dos meios de emergência médica no Algarve e no Baixo Alentejo.

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