Líder do BPI diz que empresários cristãos devem ser «competentes»

O presidente do Banco Português de Investimento (BPI), Fernando Ulrich, afirmou esta segunda-feira em Faro que os gestores cristãos devem […]

O presidente do Banco Português de Investimento (BPI), Fernando Ulrich, afirmou esta segunda-feira em Faro que os gestores cristãos devem ser “competentes” e estarem capacitados para estimular as relações humanas entre os funcionários.

Os empresários católicos são chamados a “promover o trabalho em equipa” e a “explicar os problemas aos seus colaboradores, porque quem percebe por que é que vai numa certa direção reage muito melhor”, explicou numa conferência promovida pelo núcleo algarvio da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE).

Fernando Ulrich sustentou que a população portuguesa é “compreensiva, desde que lhe expliquem qual o rumo a seguir”, embora tenha assinalado que os níveis de desemprego “são de grande preocupação”, refere o site do jornal ‘Folha do Domingo’.

“A taxa de desemprego vai continuar a crescer e com algum significado”, previu o banqueiro, que rejeitou o recurso ao aumento da despesa privada: “Não penso que, nesta fase, a forma mais saudável de fazer a economia crescer seja aumentar o consumo”.

Na palestra dedicada ao tema ‘Portugal: Realidade e Esperança’, realizada no Seminário de Faro, o conferencista afirmou que o país está a “caminhar rapidamente” para ser “mais rigoroso, sensato e muito mais consciente dos riscos”.

Ulrich defendeu que o Estado tenderá a “ser mais pequeno”, “mais eficiente, menos interventivo” e a ter um “papel mais inteligente como regulador, fiscalizador e supervisor da banca”.

“O Estado vai ter de concentrar as suas capacidades de intervenção, cada vez mais, e se calhar um dia exclusivamente, na proteção da defesa dos mais necessitados”, salientou o responsável.

Depois de afirmar que o modelo económico seguido nos últimos 12 anos estava “profundamente errado”, Fernando Ulrich observou que há “setores de atividade e segmentos da população” que têm “margem de manobra” para mais medidas de austeridade.

Comentários

pub