Fernando Rocha: “Não sei como é possível pagar seis meses de ordenados em atraso em quinze dias”

O Portimonense ficou em último lugar na Liga Orangina, mas os dirigentes do clube alvinegro ainda não perderam a esperança […]

O Portimonense ficou em último lugar na Liga Orangina, mas os dirigentes do clube alvinegro ainda não perderam a esperança na manutenção do clube nos campeonatos profissionais. Fernando Rocha, presidente do Portimonense, assume que não acredita em milagres, mas tem dúvidas que todos os clubes cumpram efetivamente os requisitos para inscrição na Liga.

A União de Leiria viu confirmada a sua despromoção dos campeonatos profissionais, e o Sp. Covilhã – penúltimo classificado da Liga Orangina – ocupou a vaga. O Portimonense é a equipa que se segue, caso mais algum clube não consiga cumprir os requisitos de inscrição na Liga de Clubes (pagamento de ordenados e de dívidas ao fisco e segurança social).

Fernando Rocha, em declarações ao Sul Informação, duvida que as dívidas dos clubes tenham desaparecido em quinze dias, mas assume que o Portimonense, nesta altura, está na II Divisão.

«Ainda acredito na permanência, mas é certo que milagres só em Fátima e, neste momento, nós estamos na II Divisão. No entanto há clubes que há quinze dias tinham seis meses de salários em atraso e não sei como se consegue pagar esse valor nesse prazo, para além das dívidas à Segurança Social, para completar a inscrição na Liga de Clubes».

Assim que o Portimonense viu confirmada a descida de divisão, constituiu um advogado que analisasse os processos de inscrição das equipas junto da Liga, para que a equipa alvinegra não ficasse prejudicada com a descida de divisão, em benefício de clubes incumpridores.

Fernando Rocha adianta que, este ano, o processo de inscrição «está a ser mais rigoroso», mas ainda assim, deixa críticas à forma como é feita a avaliação do pagamento de ordenados aos jogadores. «Os jogadores estão a assinar documentos a dizer que receberam os ordenados em atraso, mas a prova devia ser feita com um comprovativo de depósito na conta bancária», defende.

Apesar de se assumir como um clube cumpridor, o Portimonense também vive dificuldades, estando marcada para dia 28 de junho uma assembleia-geral extraordinária para discutir com os sócios o futuro do clube.

«Vamos apresentar o ponto de situação aos sócios, que têm o direito de conhecer o estado do clube, numa altura em que se sabe que a vida financeira das equipas não está fácil, há poucos apoios, ninguém ajuda os clubes nesta fase de crise», adianta Fernando Rocha.

A direção do Portimonense viu aprovada em assembleia-geral realizada no dia 13 de dezembro do ano passado a possibilidade de avançar para a constituição de uma SAD, cenário que deixa de se colocar com a eventual descida do clube à II Divisão.

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